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Fisco mantém sua previsão de crescimento real da arrecadação em torno
de 4,5% neste ano. A informação foi prestada na tarde desta terça-feira
pela secretária adjunta da Receita
Federal, Zayda Bastos Manatta. Segundo ela, qualquer variação entre 4% e
5% está dentro das estimativas. No acumulado do primeiro trimestre, a
arrecadação mostra uma alta real de 7,32%. Portanto, acima das
estimativas da Receita.
Zayda disse que, em maio, a Receita fará uma
revisão dos indicadores, incluindo o efeito das desonerações
tributárias anunciadas este ano, para decidir se haverá mudança na
projeção de crescimento da arrecadação. "Os grandes números estão dentro
da expectativa, pode ter diferença, mas é pequena." Em termos nominais,
a previsão da Receita é arrecadar 10% mais. Segundo ela, a revisão
depende de alteração nas estimativas do Ministério da Fazenda para o
crescimento do País e de mudanças legais, como as desonerações
anunciadas recentemente.
Sobre o resultado do trimestre, a Receita indicou que o desempenho
da Previdência Social foi muito positivo (aumento de 9,28%) e que a
queda de 9% no recolhimento de IPI não vinculado, associado à produção
industrial, reflete a desoneração da linha branca.
De acordo com a secretária adjunta, o
desempenho da arrecadação no trimestre está ancorado nos indicadores
econômicos. "Temos queda na produção, venda de bens e serviços com
crescimento menos robusto do que nos meses anteriores, e a massa salarial continua com valores equivalentes aos meses anteriores."
Setor financeiro
Zayda especificou ainda que o setor
financeiro respondeu por cerca de 65% do aumento da arrecadação no
trimestre, o que está relacionado, segundo ela, ao aumento da
lucratividade dos bancos no período. "A margem de lucratividade dos
bancos tem sido superior à dos demais".
As instituições financeiras pagaram em março
deste ano 56,02% mais do que em março de 2011 em Imposto de Renda da
Pessoa Jurídica (IRPJ) e Contribuição Social sobre o Lucro Líquido
(CSLL) relativos ao ajuste anual. Foram R$ 3,415 bilhões.
Incluindo os demais segmentos de empresas, a
Receita arrecadou R$ 5,762 bilhões, 42,73% mais do que em março do ano
passado. Em janeiro e fevereiro, os bancos já vinham antecipando o
pagamento dos tributos em função desse ajuste anual, já que o prazo
final é o mês de março.
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