
Nota do Ministério dos Transportes afirma que Nascimento pediu demissão em "caráter irrevogável".
"Nascimento também decidiu encaminhar requerimento à Procuradoria-Geral da República pedindo a abertura de investigação e autorizando a quebra dos seus sigilos bancário e fiscal", diz a nota.
Nascimento virou alvo depois que reportagem da revista Veja desta semana apontou que dois assessores diretos do ministro, o diretor-geral do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) e o diretor-presidente da Valec, participariam de um esquema de propinas em obras federais do ministério.
De acordo com a denúncia, o secretário-geral do PR, deputado Valdemar Costa Neto (SP), seria o responsável pelo esquema. Nesta quarta, Nascimento teve de se defender de mais uma denúncia, desta vez sobre o patrimônio de seu filho Gustavo Morais Pereira, que teria crescido milhares de vezes em dois anos, segundo publicou o jornal O Globo.
Eleito senador pelo Amazonas em 2006, o agora ex-ministro retoma sua cadeira no Senado Federal no lugar do suplente João Pedro (PT-AM).
Antes de assumir o Ministério dos Transportes no governo Dilma, Nascimento já comandara a pasta nos dois mandatos do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Em todas as vezes que deixou o cargo anteriormente --para concorrer ao Senado em 2006 e ao governo do Amazonas no ano passado-- Nascimento deu lugar ao secretário-executivo da pasta Paulo Sérgio Passos, um técnico de carreira do ministério filiado ao PR que toca, no dia-a-dia, a parte operacional da pasta. Passos é um dos nomes cotados para assumir o ministério.
(Reportagem de Hugo Bachega e Leonardo Goy)
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