sexta-feira, 31 de julho de 2009

Desemprego na zona do euro sobe a 9,4% em junho








NATHÁLIA FERREIRA - Agencia Estado


LONDRES - A taxa de desemprego na zona do euro (grupo dos 16 países que adotam o euro como moeda) subiu em junho para 9,4%, o maior nível desde junho de 1999, de taxa revisada de 9,3% em maio, informou a agência de estatísticas Eurostat. Economistas esperavam que a taxa subisse para 9,7%. O dado original de maio era de 9,5%. A Eurostat disse que a revisão no dado de maio se deveu à inclusão de dados recentes no processo de cálculo e atualizações na série sazonal.



Os dados mostraram que mais 158 mil pessoas ficaram desempregadas em junho, levando o número total de desempregados para 14,9 milhões, mais do que toda a população da Áustria e da Irlanda combinadas. A Espanha teve a maior taxa de desemprego na União Europeia, de 18,1%. A Holanda ficou com a menor taxa, de 3,3%. As informações são da Dow Jones.





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domingo, 26 de julho de 2009

"Damos o pulo tecnológico com o investimento da Embraer"

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João Relvas/Lusa

Sócrates no lançamento de primeira pedra


O primeiro-ministro José Sócrates referiu hoje após o lançamento da primeira pedra das duas fábricas a construir em Évora pela empresas aeronáutica brasileira Embraer que o país vai dar o "pulo tecnológico" com este investimento no sector da aeronáutica.

'A parti daqui, Portugal passa da manutenção de aviões para o seu fabrico através de componentes', referiu o Chefe do Governo.




José Sócrates referiu ainda que este projecto, como outros já anunciados (IKEA em Paços de Ferreira, a fábrica de baterias de lítio da Nissan) são importantes para o combate ao desemprego.




As duas fábricas da Embraer, a construir no parque aeronáutico de Évora até 2011, representam um investimento 148 milhões e serão dedicadas ao fabrico de componentes, asas e caudas de avião, e assistência técnica aos jactos Legacy 450 e 500, construídos pela empresa brasileira. As duas unidades irão criar cerca de 1500 postos de trabalho, 570 dos quais directos.







Alexandre M. Silva






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sexta-feira, 24 de julho de 2009

Senador do PSDB-AP nega apoio a queixa contra Sarney







CAROL PIRES - Agencia Estado


BRASÍLIA - O senador Papaléo Paes (PSDB-AP) informou que não endossará a representação que seu partido pretende apresentar contra o presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), ao Conselho de Ética. Paes disse acreditar que não teria apoio de sua base, pois os eleitores do Amapá se sentem, segundo ele, muito prestigiados pelo fato de um parlamentar eleito pelo Estado ser o presidente do Senado. "Para mim é uma situação política difícil. A base não apoia. Meu Estado se sente prestigiado em ter o Sarney como presidente do Senado. Eu seria mau caráter se assinasse a representação. Mesmo que ele já estivesse condenado eu me sentiria suspeito, porque ele é do meu Estado", justificou o senador do PSDB.



Paes disse acreditar também que a interferência de Sarney nas negociações feitas em 2008 para que o namorado de sua neta Beatriz Sarney, Henrique Dias Bernardes, fosse nomeado para um cargo no Senado por ato secreto não justifica toda a repercussão que o caso teve, pois o cargo para o qual o rapaz foi contratado era um cargo de confiança, que não requer a aprovação do servidor em concurso público. A revelação da interferência de José Sarney foi revelada em reportagem do jornal O Estado de S.Paulo, que transcreveu gravações de diálogos feitas com autorização judicial pela Polícia Federal. "São cargos de confiança, você pode contratar quem quiser, menos parentes. Pode ser imoral, mas não é ilegal", ponderou.



"Não é que eu estou defendendo o Sarney, mas ele não era presidente do Senado quando a contratação do namorado de sua neta ocorreu, ele era um senador como um de nós", continuou Paes. "Imagine um filho me pedindo isso que contratasse um conhecido: eu poderia até dizer depois que não poderia fazê-lo, mas na hora, ouvindo a voz do meu filho, acho que também teria aceitado. Isto poderia ter acontecido com qualquer senador", opinou. "Execrar a voz da neta dele, como fizeram, divulgaram as ligações dela, isto já é um castigo. É uma vergonha para ela, para ele, como avô."



Na manhã de hoje, o líder do PSDB, Arthur Virgílio (AM), anunciou que o partido registrará uma representação contra José Sarney no Conselho de Ética, responsabilizando o presidente do Senado pela edição dos atos secretos, alguns dos quais foram usados para nomear parentes e aliados políticos para cargos de confiança no Senado sem concurso público. A representação pede também a apuração da denúncia de participação de Sarney em um esquema de desvio de dinheiro da Petrobras destinado a um projeto cultural da Fundação José Sarney. Essas mesmas denúncias já haviam sido apresentadas ao Conselho de Ética por Virgílio, individualmente, como senador.






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quinta-feira, 23 de julho de 2009

Google Wave terá 100 mil convites para usuários







Empresa tem objetivos ambiciosos para serviço online, como superar Twitter e Facebook

usuários.

Divulgação /

Empresa tem objetivos ambiciosos para serviço online, como superar Twitter e Facebook
Foto: Divulgação




Interessados em testar o Google Wave – serviço online que combina e-mail, messenger e elementos de web 2.0 – podem se animar. A Google estenderá o serviço a 100 mil pessoas até o dia 30 de setembro com convites aos internautas.




"Esta ação abrirá o Wave em vez do Sandbox que temos utilizado atualmente, e nós planejamos envolver 100 mil usuários" revelou no site da empresa Dan Peterson, Gerente de Produto do Google Wave.




No último dia 17 de julho, a empresa já havia anunciado que pretende convidar as 20 mil pessoas que solicitaram acesso ao Sandbox do produto até o final de agosto.




"Estamos gradualmente aumentando a capacidade do Sandbox e esperamos terminar de ativar todos os 20.000 pedidos no próximo mês".




Segundo o site G1, o Wave foi projetado para facilitar as conversas de e-mail, oferecendo ferramentas para destacar determinados trechos das conversas.




Em mensagens instantâneas, um usuário vai poder ver o que os outros estão escrevendo enquanto digitam - ao menos alterem as configurações de privacidade. Fotos e outros aplicativos on-line, chamados de "widgets", também poderão ser incorporados ao serviço.




O Google Wave também poderia facilmente funcionar com o sistema de publicidade utilizado pelo Gmail, mas Lars diz que ainda é muito cedo para prever como a empresa poderia lucrar com o serviço.





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terça-feira, 21 de julho de 2009

Lula defende bancos públicos e critica privatizações







Agência Estado


Por Fernando Nakagawa




Brasília - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou ontem que os bancos públicos, como o Banespa, podem ter sido usados para reforçar ilegalmente o orçamento de campanhas eleitorais no passado. Ele fez uma defesa da existência dos bancos públicos. Em reunião com executivos do Banco do Brasil, ele relacionou as consequências desse fato às privatizações ocorridas principalmente no fim dos anos 90 e início dos 2000.




"Na verdade, jogou-se em cima dos bancos a irresponsabilidade dos governantes que gerenciavam esse banco ou que muitas vezes utilizavam esse banco para fazer, quem sabe, os caixas 2 da vida em época de campanha eleitoral", disse, sem citar nenhuma instituição específica. "E, por conta disso, todos os bancos públicos estavam quebrados", afirmou, ao criticar a onda de privatizações ocorrida há cerca de dez anos.




Ao comentar que a economia brasileira tem sido beneficiada atualmente pela atuação de bancos públicos em meio à crise, Lula afirmou que "é nesse momento em que a gente sente o acerto do Brasil ter um banco como o Banco do Brasil ou uma Caixa Econômica. E talvez o arrependimento porque bancos tão importantes nesse País foram praticamente doados, como o Banespa, vendido a troco de nada", afirmou. Em 2000, o espanhol Santander pagou R$ 7 bilhões pelo banco paulista, com ágio de 281% sobre o preço mínimo. O presidente brincou ao dizer que tem "pena" dos países ricos, que não têm bancos públicos fortes. Deu como exemplos a Alemanha e os Estados Unidos.

domingo, 19 de julho de 2009

R.Unido se diz disposto a reimportar lixo que chegou ao Brasil







Da EFE


O Reino Unido está disposto a trazer do Brasil os contêineres com mais de 1.400 toneladas de lixo doméstico que foram levados ilegalmente para vários portos brasileiros, informou hoje a Agência Nacional de Meio Ambiente.


O órgão admitiu hoje que sabe que vários contêineres com resíduos domésticos foram exportados ilegalmente para o Brasil, cujo Ministério Público Federal (MPF), no começo do mês, ordenou a devolução da carga ao Reino Unido.


Segundo o MPF, o carregamento que chegou aos portos brasileiros deveria ser de polímeros de etileno utilizados como isolante térmico na fabricação de plástico. Mas, na verdade, é de lixo comum.


A agência ambiental britânica também informou que há planos de trazer o lixo de volta. A transferência, no entanto, pode durar semanas, destacou o órgão, que disse que os responsáveis pela carga serão processados.


O Reino Unido abriu uma investigação para estabelecer como o lixo - como seringas, preservativos, fraldas e bolsas com sangue - chegaram a três portos brasileiros.


"O Reino Unido é totalmente contra o comércio ilegal de qualquer tipo e decidiu ser líder mundial no combate ao comércio ilegal de resíduos, a fim de proteger o meio ambiente e a saúde humana", destacou um porta-voz da agência.


Se a agência ambiental detecta ou é informada da exportação ilegal de lixo, trabalha com as autoridades competentes para resolver o problema, acrescentou o funcionário. EFE






http://g1.globo.com/Noticias/Mundo

sábado, 18 de julho de 2009

Michael Jackson continua assalto às tabelas de vendas







O rei da pop vendeu 1 milhão e 100 mil álbuns vendidos só na semana que terminou
O rei da pop vendeu 1 milhão e 100 mil álbuns vendidos só na semana que terminou
Reuters/Kieren Doherty

Nos Estados Unidos a manifestação de apreço tem sido imensa, com fãs a comprar tudo o que tenha ligação directa ao cantor, de t-shirts a pósteres passando pelo retrato garrido feito por Andy Warhol, posto a leilão recentemente numa galeria junto a Nova Iorque.





O êxito continua a ser avassalador, especialmente quando a sua voz é o produto principal. Foram cerca de 1 milhão e 100 mil álbuns vendidos só na semana que terminou. Desde que faleceu, a 25 de Junho passado, Jackson vendeu tanta música que as diversas reedições e colectâneas ocupam agora os 10 primeiros lugares da tabela de vendas. Nos EUA, o total de vendas está em 2,3 milhões desde a morte, cifra invejável até para os artistas vivos e mais populares.

Clique para aceder ao índice do DOSSIÊ Michael Jackson (1958-2009)




O reinado de Jackson é idêntico nas maiores tabelas mundiais, chegando ao 1.º lugar no Reino Unido, Austrália, França e Alemanha. A Amazon vendeu mais canções de Michael Jackson no dia a seguir à morte do que nos últimos 11 anos em que a loja online esteve aberta. O fenómeno chegou inclusivamente às jukebox. TouchTunes, a maior distribuidora de self serve music nos Estados Unidos, relata que os temas de Michael Jackson já foram pedidos para cima de um milhão de vezes nas cerca de 38 mil máquinas que a empresa tem espalhadas por todo o país.




Incógnita dos restos mortais


No domínio não musical, o legado de Jackson tem sido menos dourado. A família parece continuar dividida na questão dos restos mortais, cuja localização se mantém confidencial desde a homenagem fúnebre. Circulam suspeitas de que o cantor tenha sido posto em descanso temporário no mausoléu de uma família amiga, até que lhe seja dado destino final pelos outros Jackson.
A família continua dividida quanto à questão dos restos mortais
A família continua dividida quanto à questão dos restos mortais
AP/Mark Terrill



As autoridades, esta semana, continuaram a investigar as pistas possivelmente criminais deixadas pelas embalagens de medicamentos encontradas na residência alugada pelo cantor ao momento da morte. Vai ser preciso saber que médico receitou o quê e conjugar toda essa informação com os resultados da análise toxicológica, que continua a ser processada em laboratório.




Entre sintomas subjectivos, dores reais - atenção ao vídeo disponibilizado pela revista "Us" , com imagens inéditas do momento em que a cabeleira de Jackson pegou fogo durante as filmagens de um anúncio da Pepsi - e receitas assinadas subrepticiamente por médicos sem licença para administrar os cuidados delicados que o cantor parecia exigir constantemente, não se acredita que a Polícia fique habilitada a apresentar acusação que vá para além do homicídio involuntário. Há pelo menos três médicos sob suspeita.




Batalha legal

Depois dos casos O. J. Simpson e Phil Spector (artista norte-americano que foi declarado culpado de homicídio da actriz sua compatriota Lana Clarkson), Los Angeles não está em condições de pagar mais um julgamento com forte impacto mediático que deixe um olho negro na imagem do departamento legal do condado. Para já não mencionar os recursos financeiros que irão ser necessários para travar uma batalha legal sem garantias de sucesso, que não beneficiará ninguém e que irá, certamente, debilitar ainda mais uma cidade que tenta sobreviver a uma crise orçamental profunda.

Especulam-se as dependências farmacológicas de Michael Jackson
Especulam-se as dependências farmacológicas de Michael Jackson
AP/C.F. Therry




É possível que, com as vendas discográficas e uma investigação policial que continua a descobrir facetas surpreendentes do cantor, esta fase da carreira de Michael Jackson perpetue o mito sem que se chegue a descobrir um culpado para a tragédia. Nestes últimos dias, os Jackson sobreviventes têm vindo a público dizer, uns, que nada sabiam das dependências farmacológicas de Michael Jackson; e, outros, que em diversas ocasiões tentaram intervir para salvar o cantor mas eram invariavelmente acusados de intromissão na sua vida privada - isto quando não eram simplesmente impedidos de o visitar no rancho de Neverland.




Ian Halperin, um dos biógrafos não autorizados, refere que, nos dias anteriores à sua morte, Michael Jackson era uma amostra do que fora, pressionado mental e fisicamente pelos concertos de Londres e sem nunca se sentir capaz de reconquistar a ribalta. Num gesto desesperado, passou a consumir quantidades de medicamentos pouco proporcionais ao esqueleto em que se transformara.





http://aeiou.expresso.pt/michael-jackson-continua-assalto-as-tabelas-de-vendas=f526497






quinta-feira, 16 de julho de 2009

Diretor da agência nuclear iraniana renuncia ao cargo








Saída pode ter relação com as eleições no país, já que Aghazadeh é aliado do opositor Mir Hussein Mousavi


Aghazadeh não participava das negociações com o Ocidente sobre programa atômico

AP

Aghazadeh não participava das negociações com o Ocidente sobre programa atômico






TEERÃ - O chefe da agência nuclear do Irã, Gholam Reza Aghazadeh renunciou aos cargos de diretor-geral da Organização de Energia Atômica do Irã e de vice-presidente da república islâmica, informou nesta quinta-feira, 16, a agência de notícias Isna. A saída pode ter ligação com os distúrbios que atingiram o país após a eleição presidencial, já que Aghazadeh é tido como um aliado do líder oposicionista Mir Hossein Mousavi, que levantou denúncias de fraude durante a votação.

Veja também:

lista Conheça os números do poderio militar do Irã

lista Altos e baixos da relação entre Irã e EUA

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Citado pela agência semi-estatal de notícias, Aghazadeh disse ter apresentado sua carta de renúncia ao presidente do Irã, Mahmoud Ahmadinejad, há três semanas. A Organização de Energia Atômica é a responsável pelo programa nuclear que o Irã assegura ter propósitos pacíficos para produção de energia, mas que alguns países temem que seja para fabricação de bombas.

Na década de 1980, Aghazadeh foi assessor executivo de Mousavi quando este era primeiro-ministro. De 1985 a 1997, Aghazadeh atuou como ministro do Petróleo. A seguir, passou a trabalhar na Organização de Energia Atômica por indicação do ex-presidente reformista Mohammad Khatami.

Aghazadeh permaneceu na liderança da Organização de Energia Atômica por 12 anos, anunciando os avanços do programa nuclear. Porém, ele não estava envolvido nas negociações do regime iraniano com o Ocidente sobre o projeto atômico.






www.estadao.com.br/noticias/internacional,diretor-da-agencia-nuclear-iraniana-renuncia-ao-cargo,403638,0.htm

quarta-feira, 15 de julho de 2009

Astrônomo desmente mitos de que homem não teria ido à Lua







Marília Juste Do G1, em São Paulo




Homem na Lua: feito histórico ou armação histórica? (Foto: Nasa/Divulgação)

Em 20 de julho de 1969 o homem pisou na Lua, mas muitos ainda não acreditam nisso. E apesar de astronautas terem voltado lá outras cinco vezes, o fato de que ninguém nunca mais tocou o solo lunar desde 1972 abriu margem para dúvidas de muita gente. Afinal: o homem foi mesmo à Lua ou tudo não passou de uma bem montada encenação americana? Para o astrônomo Ronaldo Mourão, um dos mais respeitados cientistas brasileiros, está claro: há 40 anos Neil Armstrong e Edwin ‘Buzz’ Aldrin chegaram sim à Lua.

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Os soviéticos

Para o cientista, a principal prova de que os americanos chegaram à Lua é simplesmente o fato de que seus inimigos, os soviéticos, nunca duvidaram disso. A URSS em 1969 tinha uma tecnologia avançada, um programa espacial de ponta e plenas condições de verificar se os sinais de rádio da Apollo 11 vinham mesmo da Lua. “Se os soviéticos descobrissem qualquer indício de que era uma mentira, eles iam fazer um samba enorme em cima. Não iam esconder de jeito nenhum”, afirma Mourão.

Além do rádio, os soviéticos tiveram outras comprovações da missão. “Nos mesmos dias da Apollo 11, a União Soviética lançou a Luna 15”, conta o astrônomo. A Luna 15 foi uma sonda robótica importante. Tentando desmerecer o feito americano, os soviéticos queriam que ela fosse à Lua, recolhesse amostras e voltasse, mostrando que aquela história de levar gente para fora de órbita era perda de tempo e dinheiro (não deu certo e a Luna 15 se espatifou em uma montanha lunar um dia depois da chegada dos americanos).

Antes disso, no entanto, a sonda serviu como prova para os soviéticos de que os americanos estavam mesmo por ali. Pela primeira vez na história, americanos e russos cooperaram no espaço – meio a contragosto, mas cooperaram. Para evitar uma tragédia espacial, com a sonda soviética colidindo com a nave americana, as duas agências trocaram dados sobre seus planos de voo. Ou seja: a URSS não apenas ouviu as transmissões de rádio vindas da Lua, mas também acompanhou o voo da Apollo 11.

Essa é, obviamente, a prova número 1 da chegada do homem na Lua. Mas ela não impediu a propagação de teorias que afirmam que tudo não passou de uma filmagem feita em um estúdio de Hollywood. E não é à toa. Quando a Nasa acabou com o projeto Apollo e passou a dedicar suas energias e verbas para as estações e os ônibus espaciais, ela deu margem para tudo isso se fortalecer. Conforme os anos passaram, o argumento “se o homem foi à Lua há tanto tempo, por que não voltou?” foi repetido a exaustão.

A convite do G1, Ronaldo Mourão ouviu algumas das principais dúvidas sobre as imagens da Apollo 11. Ele esclareceu a verdade por trás dos mitos da missão lunar.

A bandeira que “tremula”

Dobra da bandeira está no mesmo lugar não importa o ângulo da foto (Foto: Nasa/Divulgação)

É quase impossível falar da missão da Apollo 11 e não ouvir alguém dizer que “a bandeira está tremulando e na Lua isso é impossível”. Sim, é impossível a bandeira tremular no espaço. É por isso que ela não tremula.

Preste atenção nas imagens: a bandeira americana não está voando. Ela está amassada, por que estava guardada em algum canto do apertadíssimo módulo lunar. É possível perceber que não há variação nas “ondas” da bandeira, não importa qual foto se veja. “Além de estar amassada, a bandeira se mantém ereta por que tinha uma haste superior que a mantinha assim”, explica Mourão. “Essa é a única maneira de ela não ficar para baixo, que é o que seria esperado na Lua, onde não há vento e a gravidade é um sexto da terrestre”, explica o astrônomo.

A foto de Neil Armstrong descendo do módulo lunar

Buzz Aldrin, e não Neil Armstrong, deixa o módulo lunar (Foto: Nasa/Divulgação)

Outra dúvida recorrente: “se Armstrong foi o primeiro homem na Lua, quem é que tirou a foto dele descendo?”. É simples: ninguém. Ninguém, por que essa foto não existe. Armstrong foi o primeiro homem na Lua e, por isso, não existe foto “de fora” do módulo lunar enquanto ele desce.

A foto clássica de um homem saindo da nave? “É o Aldrin”, explica Mourão. Buzz Aldrin, o piloto do módulo, foi o segundo homem na Lua. Enquanto ele descia, Armstrong fotografava. Aliás, a maioria das fotos “clássicas” da Lua, que muita gente acredita serem de Armstrong, são, na verdade, de Aldrin.

As pegadas

Poeira lunar muito fina deixa pegada marcada (Foto: Nasa/Divulgação)

Uma das muitas missões de Buzz Aldrin na Lua era bem simples: fazer uma pegada clara e tirar uma foto para que os cientistas na Terra pudessem estudar a mecânica do solo lunar. A foto virou um clássico e foi reproduzida no mundo inteiro. Além dela, diversas imagens mostram as pegadas dos dois astronautas na Lua.

Não se sabe onde isso começou, mas muitas pessoas passaram a debater na internet afirmando que “se não tem umidade, não deveria existir pegadas”. Mas a verdade é que uma coisa não tem nada a ver com a outra. Não é preciso água para deixar pegadas, como qualquer beduíno do deserto pode demonstrar. O que deixa as pegadas ali é a areia extremamente fina e porosa da Lua. “É um pó muito, muito fino, semelhante ao cimento, à cinza vulcânica ou ao pó compacto que as mulheres usam em maquiagens. Quando você pisa em algo assim, fica uma marca profunda. É por isso que as pegadas se formaram”, afirma o astrônomo.

A variação de temperatura na Lua

Roupas dos astronautas não aguentariam temperaturas tão extremas como as da Lua (Foto: Nasa/Divulgação)

A Lua não tem atmosfera. Por isso as temperaturas ali variam muito. Durante o dia, a média é de 100°C e durante a noite de 150°C negativos. Humanos, obviamente, não sobreviveriam ali. Por isso que os especialistas que planejaram a missão escolheram um lugar mais ameno para pousar o módulo lunar.

“O local escolhido para o pouso era exatamente no meio da penumbra, onde ainda não era nem dia nem noite completamente, para proteger os astronautas”, explica Ronaldo Mourão. A rotação da Lua dura cerca de 27 dias – tempo de sobra para Armstrong e Aldrin ficarem seguros por ali.

As sombras

Sombras intrigam quem não acredita no feito (Foto: Nasa/Divulgação)

A fonte principal de luz na Lua é o Sol, assim como na Terra. E isso já gerou muita confusão, por que muita gente não entende por que é que há sombras diferentes nas fotos da Lua se o Sol “seria” a única fonte de luz. Mas o Sol não é a única fonte. “Há também a Terra e a luz emitida pela própria câmera do astronauta”, explica Mourão. Na Lua, a Terra ilumina a área tanto quanto a Lua ilumina a Terra em uma noite de Lua cheia.

As estrelas

As estrelas estão longe demais para serem capturadas pela câmera (Foto: Nasa/Divulgação)

Outra pergunta frequente: como é que os astronautas fizeram tantas fotos na Lua e não registraram nenhuma estrela? Basta uma noite longe das luzes artificiais que você enxerga bilhões delas – e eles não fotografaram nenhuma? Pois é, eles com certeza viram muitas, muitas, mas muitas estrelas mesmo, mas não conseguiram fotografar nenhuma.

Por quê? Por que a fotografia tem limites, principalmente em 1969. Para conseguir captar as estrelas, os astronautas teriam que ter deixado uma “exposição” alta na câmera, e com o brilho do Sol ali do lado se fizessem isso não teriam conseguido registrar mais nada na superfície. “Talvez com uma máquina moderna de hoje em dia eles conseguiriam, mas era difícil e isso não era a prioridade naquele momento”, explica Mourão.

Objetos deixados

Apollo 11 deixou uma placa na Lua (Foto: Nasa/Divulgação)

As missões Apollo deixaram um monte de coisas na Lua. Desde o módulo de descida da Apollo 10, que ficou por lá mesmo, até o jipe lunar da Apollo 17, passando por satélites, aparelhos diversos e muitos estágios de foguetes. A mais importante delas é a única que está em operação até hoje: um conjunto de cubos refletores que funcionam como espelhos lunares.

“Esses cubos são usados para medir a distância da Terra à Lua, que varia. Diversos observatórios, dentro e fora dos Estados Unidos, já usaram esses refletores em pesquisas. Se o homem não tivesse ido à Lua, isso seria impossível”, afirma o astrônomo.

Não é possível ver esses objetos da Terra por que eles são muito pequenos em comparação com a Lua e a distância é muito grande. Seria a mesma coisa que você pedir para Armstrong, da Lua, enxergar um automóvel aqui na Terra. Um exemplo: você consegue enxergar montanhas na Lua? Pois elas existem e algumas têm mais de 4 mil metros de altura (o ponto mais alto do Brasil, o Pico da Neblina, tem pouco mais de 3 mil metros). Agora, se a gente mal consegue ver montanhas, como é que vamos enxergar os pequenos objetos deixados pelas Apollos?

Além das coisas que os astronautas deixaram na Lua, há as coisas que eles trouxeram. As rochas lunares foram analisadas por cientistas do mundo todo e sua autenticidade foi comprovada. “Não dá para falsificar isso. Rochas lunares têm características muito especiais, não vistas na Terra, por que elas são atingidas por micrometeoritos”, conta Mourão.

Por que o homem ainda não voltou?

Quando o homem vai voltar à Lua? (Foto: Nasa/Divulgação)

Essa reportagem provavelmente não seria necessária se a Nasa tivesse mantido as missões lunares e as pessoas estivessem tão acostumadas com descidas à Lua quanto estão hoje com voos à Estação Espacial Internacional. Então, cabe a pergunta: se o homem foi à Lua, por que não voltou? A resposta: política.

Depois que os Estados Unidos chegaram à Lua, os soviéticos resolveram brincar de “eu nem queria mesmo” e deram uma bela desacelerada em seu programa lunar, mantendo apenas as sondas Luna. “A URSS preferiu gastar seu tempo e dinheiro com a estação espacial Mir”, conta Mourão – e nessa eles derrotaram os americanos, que jamais conseguiram colocar a sua Freedom em órbita e acabaram adaptando o projeto para virar a Estação Espacial Internacional.

A Nasa, por sua vez, viveu uma crise financeira numa época que o governo americano acreditava que o povo “não se importava” com o programa espacial. Mais tarde, preferiu concentrar seus esforços nos ônibus espaciais, com a esperança de tornar as missões mais rotineiras.

Agora, no entanto, tudo parece que vai mudar. Com a aposentadoria dos ônibus espaciais no fim de 2010, os americanos estão investindo em novas naves: as Orion, que parecem muito mais com as Apollo do que com os gigantescos ônibus. A principal missão da nova nave: levar o homem de volta à Lua. Mas agora a corrida espacial ganhou mais competidores: China, Índia e Japão também estão na briga. Se tudo der certo, daqui pouco mais de uma década, vamos ter muitas bandeiras causando polêmica em solo lunar.

Confira a cobertura completa sobre os 40 anos do homem na Lua



http://g1.globo.com/Sites/Especiais/Noticias





segunda-feira, 13 de julho de 2009

Lula defende que G20 concentre a discussão sobre a crise mundial





Para o presidente, grupo tem que decidir as regras do sistema financeiro.
Rodada de Doha deverá voltar a ser pauta do próximo encontro.

Do G1, em São Paulo


O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse nesta segunda-feira (13), ao longo de seu programa semanal de rádio “Café com o presidente”, que defende que o G20 concentre a discussão sobre a crise financeira mundial. “Nós poderemos criar outros grupos para discutir outros assuntos ou tentar levar para o G20 discussões importantes, como a questão do clima, como a questão da Rodada de Doha, ou seja, o acordo sobre o comércio internacional e a questão do controle do sistema financeiro”, afirmou Lula. “Agora na questão econômica nós precisamos definir que o G20 é que tem que decidir as regras que vão controlar o sistema financeiro e vai reger a economia mundial daqui pra frente”.


Lula disse que a Rodada de Doha deverá voltar a ser pauta do próximo encontro do G20, em setembro. “Vamos discutir a Rodada de Doha para ver se a gente conclui, ou pelo menos delega mais poderes aos nossos membros”, afirmou o presidente. “Aliás o G8 já determinou à comissão que negocia que até 2010 tem que decidir a Rodada de Doha”.

Meio ambiente


De acordo com Lula no encontro entre o G8 e G5 houve um avanço em relação a discussão sobre o meio ambiente. “Os países ricos, como os Estados Unidos, já estão dispostos a discutir coisas que antes não discutiam e eu acho que nós vamos chegar a um acordo para o encontro de Copenhague, em dezembro, onde vamos discutir a questão climática”.


O presidente defende que países que começaram seu processo de industrialização antes tenham mais responsabilidade do que nações que iniciaram o processo há pouco tempo. “Os Estados Unidos, por exemplo, têm mais responsabilidade que a China e a Europa tem mais responsabilidade do que a América do Sul e a África. Portanto, é prudente que a gente faça a discussão com seriedade, pois é um tema que envolve todo mundo, do mais pobre ao mais rico”.



http://g1.globo.com/Noticias/Politica/0,,MUL1227409-5601,00-LULA+DEFENDE+QUE+G+CONCENTRE+A+DISCUSSAO+SOBRE+

A+CRISE+MUNDIAL.html

sexta-feira, 10 de julho de 2009

Obama pede menos cúpulas e mais resultados em encontros







Da EFE


Macarena Vidal.


L'Aquila (EUA), 10 jul (EFE).- O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, comemorou os "avanços" obtidos na cúpula do Grupo dos Oito (os sete países mais industrializados e a Rússia), mas deixou a cidade italiana de L'Aquila, sede dos debates, defendendo mudanças nas reuniões internacionais.


Na entrevista coletiva que concedeu ao término da cúpula, Obama propôs uma redução no número de reuniões internacionais. Segundo ele, isso ajudaria os encontros realizados a se tornarem mais eficientes. A prioridade, ressaltou, é que essas cúpulas sejam "o mais produtivas possível".


Nos seis meses que está no cargo, o presidente americano já participou de cinco reuniões internacionais, incluindo a do G8.


Só em abril, esteve na cúpula do G20, em Londres; no encontro da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), em Estrasburgo; num fórum com a União Europeia (UE), em Praga, e na Cúpula das Américas, em Trinidad e Tobago.


A previsão é que, no fim de setembro, ele esteja presente na cúpula sobre mudança climática convocada ontem pelo secretário-geral da ONU, Ban-Ki Monn, na Assembleia Geral das Nações Unidas e na nova cúpula do G20, que acontecerá em Pittsburgh (EUA).


Segundo o presidente americano, "não há dúvida que é preciso atualizar e renovar as instituições internacionais que se estabeleceram em outros tempos e lugares". "Algumas datam do pós-guerra; outras, como o G8, completaram 30 anos", destacou.


O problema, disse, é encontrar o formato adequado, já que "todo mundo quer (...) ser incluído". "Se o país é a 21ª economia (do mundo), quer um G21. Se é excluído, acha que é uma injustiça", acrescentou.


Parte do desafio, afirmou Obama, é revitalizar a ONU, uma vez que algumas dessas cúpulas são convocadas porque a Assembleia Geral "nem sempre funciona de modo tão rápido ou efetivo como seria preciso".


Ainda de acordo com o presidente americano, qualquer que seja o sistema aprovado, é preciso incluir nele as potências do mundo em desenvolvimento, como Brasil, China e Índia.


Uma nova organização "não vai funcionar se continentes inteiros, como a África ou a América Latina (sic), não estiverem adequadamente representados nestes foros internacionais de tomada de decisões", frisou.


Apesar de ter admitido que o sistema atual precisa de uma reforma, Obama disse que a cúpula de L'Aquila foi "um sucesso".


O presidente americano, que dedicou grande parte de seu tempo à promoção da não-proliferação de armas nucleares e do combate à mudança climática, voltou a pedir que o mundo se una contra estas ameaças, que colocam em risco a "paz e a prosperidade de cada país".


Obama reconheceu ainda que, ao longo da cúpula, "ninguém concordou com tudo". Como exemplo, citou os debates sobre a mudança climática, nos quais os países em desenvolvimento não conseguiram definir uma meta específica sobre a redução das emissões de gases poluentes.


No entanto, o democrata ressaltou que na cúpula ficou provado que "se todos se mantiverem unidos será possível obter progressos".


Obama também fez menção à declaração do G8, em que o grupo expressou sua preocupação com os "terríveis" eventos no Irã após as eleições de 12 de junho e o programa nuclear desse país, tema que, revelou, voltará a ser debatido na próxima cúpula do G20.


Sobre o compromisso assumido hoje pelo G8 de doar US$ 20 bilhões à luta contra a fome na África, ele declarou: "A segurança alimentar é algo extremamente importante. Os países mais ricos têm a obrigação moral de ajudar".


Porém, lembrou que, por sua vez, os países pobres têm a obrigação de "usar a ajuda de maneira transparente", criando instituições e um Estado de direito que permita a prosperidade.


Após o encerramento da cúpula, Obama foi até o Vaticano, para uma audiência com o papa Bento XVI. Em seguida, embarcaria em direção a Gana, a última etapa de sua atual viagem. EFE



http://g1.globo.com/Noticias/Mundo/0,,MUL1225653-5602,00-OBAMA+PEDE+MENOS+CUPULAS+E+MAIS+RESULTADOS+

EM+ENCONTROS.html






terça-feira, 7 de julho de 2009

Protestos violentos geram perseguição étnica na China







Da EFE


Marga Zambrana.


Urumqi (China), 7 jul (EFE).- Os chineses da etnia Han saíram hoje pela cidade de Urumqi, capital da região de Xinjiang, à caça dos compatriotas da etnia uigur, acusados pelos primeiros de ter matado 156 pessoas e ferido mais de mil durante os protestos de domingo passado, no que foi a pior revolta na China em 20 anos.


Milhares de chineses Han armados com garrotes, cassetetes elétricos, facões e outras armas percorreram hoje as ruas da capital da região autônoma uigur de Xinjiang, no oeste da China, à procura dos uigures muçulmanos que teriam assassinado inclusive crianças no último domingo.


"O Governo não vai fazer justiça, não nos resta solução do que nós nos ocuparmos disso", explicou um raivoso Han, acrescentando que as Forças Armadas chinesas, que tomaram a cidade, não reprimirão os uigures por medo da reação internacional.


Urumqi está sob lei marcial desde domingo e com toque de recolher à noite. Entretanto, os soldados fizeram pouco hoje para deter os enfurecidos Han, que marchavam cantando o hino nacional chinês ou corriam armados diante de qualquer rumor de que um uigur tinha sido avistado.


"Não me atrevo a sair para a rua", declarou à Agência Efe uma uigur de sobrenome Han que mora em Beijing Lu.


Ela acrescentou, no entanto, que as ações dos uigures no domingo foram "cruéis e desumanas", a versão que defende o Governo chinês.


Metade dos 20 milhões de habitantes de Xinjiang é da etnia muçulmana uigur. Desde domingo, a região é barril de pólvora no qual explodem distúrbios o tempo todo. Veículos destroçados foram retirados por guindastes perto do aeroporto de Urumqi após um protesto ontem à noite, e revoltas ocorrem hoje em toda a capital.


A origem dos conflitos étnicos surgiu em Cantão, no sul da China, em junho, quando um grupo de operários uigures foi linchado após ser falsamente acusado de ter estuprado duas jovens.


No domingo passado, um grupo de 300 estudantes uigures convocou um protesto em Xinjiang para pedir justiça por esse linchamento.


Segundo diversas fontes, os estudantes começaram a marchar pacificamente e reuniram milhares de pessoas, mas ao chegar ao bazar de Döng Körkük (Erdaoqiao, em chinês), outro grupo de uigures violentos começou a atacar pessoas de todas as etnias.


As imagens de vídeo gravadas nesse dia mostram dois conflitos diferentes em dois lugares da cidade: de um lado, a manifestação e, de outro, explosões em outra área, uma situação confirmada hoje à Agência Efe por uma jovem de etnia uigur que trabalha em uma rádio oficial.


No entanto, a versão mais disseminada entre os Han que buscavam vingança hoje é que os dois grupos de uigures eram violentos, que procediam de cidades como Kashgar e Yili e que assassinaram mais de 150 pessoas e feriram mil em poucas horas.


As testemunhas mais informadas sobre o protesto dizem não saber explicar o alto número de mortos. No bairro uigur, a versão é de que o Exército atacou todos: uigures, han e o resto das minorias de Urumqi.


Esta é a segunda revolta étnica em um ano na China. Em 2008, Pequim reprimiu outra similar no Tibete, com 22 mortos, segundo dados oficiais.


Tanto em Xinjiang, quanto no Tibete, nas últimas décadas, o número de colonos chineses aumentou e assumiu a economia local.


Como alertaram então os analistas, esta violência demonstra que as políticas étnicas do Governo do Partido Comunista da China fracassaram.


No entanto, da mesma forma que fizeram no ano passado ao acusar o líder espiritual tibetano no exílio, o Dalai Lama, Pequim culpou elementos externos novamente, desta vez, a candidata ao Nobel da Paz Rebiya Kadeer, exilada nos Estados Unidos desde 2005.


"As acusações são falsas, não organizei os protestos, nem convoquei ninguém para se manifestar", assinalou a empresária uigur nos EUA em entrevista coletiva na qual reiterou sua condenação "ao uso excessivo da força por parte do Governo chinês".


Kadeer, líder do Congresso Mundial Uigur, grupo que denuncia a perda de direitos políticos e civis dos uigures desde que as tropas comunistas entraram na região em 1949, reconheceu "ações violentas de um número de uigures" e as condenou "sem dúvidas".


A empresária acusou novamente Pequim pela "brutal repressão aos uigures" em Xinjiang e pediu informações "de forma completa e justa sobre todos os mortos e feridos", entre os quais aparentemente há mais chineses de outras etnias do que uigures.


Um cidadão chinês que foi testemunha dos protestos declarou à Agência Efe que o número real de mortos "é muito superior ao reconhecido pelo Governo", e explicou que, com o tempo, as tensões entre chineses e uigures foram aumentando.


Os jornalistas destacados para a cobertura em Urumqi estão se transformando em testemunhas incômodas do que os chineses consideram como "um problema da China", embora Xinjiang tenha desfrutado de independência em vários períodos até cair sob o poder do império Qing e, posteriormente, dos comunistas. EFE





http://g1.globo.com/Noticias/Mundo/0,,MUL1221860-5602,00-PROTESTOS+VIOLENTOS+GERAM+PERSEGUICAO+ETNICA+NA+CHINA.html






sexta-feira, 3 de julho de 2009

Polêmico serviço Street View começa a mapear cidades brasileiras







São Paulo, Belo Horizonte e Rio de Janeiro serão as primeiras mapeadas pela Google



O polêmico serviço Street View da Google chegou definitivamente ao Brasil. A empresa começou, na quinta-feira, a capturar imagens das primeiras cidades do país que estarão disponíveis - São Paulo, Belo Horizonte e Rio de Janeiro. Segundo o gerente de produtos da empresa, Marcelo Quintella, não existe previsão de quando as imagens estarão disponíveis online.




A captura das imagens será feita por meio de uma parceria da Google com a Fiat. Trinta carros modelo Stilo - adaptados para capturar as imagens enquanto circulam - estarão nas ruas. Ao todo, nove câmeras instaladas no topo do carro fotografam os ambientes; as imagens são sincronizadas com um aparelho GPS e armazenadas em um computador embarcado no veículo.




O objetivo da Google é digitalizar todas as ruas das regiões metropolitanas das cidades mapeadas, o que resulta, segundo estimativas, em 1 milhão de quilômetros a serem percorridos. Segundo informações do G1, a lista das próximas cidades a serem digitalizadas não está definida.




A ferramenta Street View, disponível tanto no Google Maps quanto no Google Earth, permite que o usuário "navegue" por uma região, visualizando fachadas e outros elementos urbanos fotografados e transformados em um ambiente virtual.




O Street View existe desde 2007 e é alvo de críticas sobre invasão de privacidade em outros países, tendo "flagrado" pessoas em situações consideradas impróprias pelos usuários. Atualmente, o sistema aplica um filtro automático para preservar a identidade de pessoas e as placas de automóveis. O usuário que se sentir ofendido por alguma cena pode usar um formulário de reclamação disponível no próprio serviço: ele indica a imagem polêmica e explica sua reclamação.








www.clicrbs.com.br/especial/sc/tecnologia/19,0,2567276,Polemico-servico-Street-View-comeca-a-mapear-cidades-brasileiras.html






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