quarta-feira, 15 de outubro de 2008

GREVE DOS BANCÁRIOS - Funcionários de bancos reclamam de pressão






Cyneida Correa
Foto: Nelson Borges
Bancários do Banco da Amazônia em greve: gerência nega qualquer pressão

O Sindicato dos Empregados em Estabelecimentos Bancários do Estado de Roraima (Seeb-RR) denunciou ontem à Folha que o assédio moral e a pressão por parte dos gerentes continua ocorrendo para que funcionários das agências bancárias não façam adesão à greve.





“O nosso gerente vem intimidando os colegas do Basa e hoje, quando ele viu que íamos ter força de fazer a agência paralisar completamente, tentou convencer os funcionários a não aderirem à manifestação”, disse o diretor sindical Wesley Rocha.





O sindicalista disse ainda que a gerência da agência impediu que os representantes sindicais entrassem no local para conversar com os funcionários.





“Como diretores de sindicatos, temos livre acesso às instalações das agências e a gerência nos impediu de entrar, não destravando a porta para conversarmos com os funcionários”, disse.





O Seeb-RR informou que denunciou a gerência local à administração do banco em Belém (PA). O movimento anunciou que conseguiu fazer com que o outro banco privado, o Bradesco, paralisasse suas atividades por uma hora em apoio à greve.





BASA – O gerente do Banco da Amazônia, Roberto Araújo, explicou que a instituição reconhece o direito de greve e deixou os funcionários à vontade para escolher se querem ou não aderir ao movimento.





“Não existiu assédio ou pressão. Há equívoco por parte do sindicato, pois inclusive o gerente foi ao caixa para garantir o atendimento básico, em casos de emergência e malotes, pois pelo menos nesta agência, isso não foi garantido. Eles podem ir para a greve ou voltar a trabalhar e estão à vontade para decidir”, disse.





GREVE - Os conflitos estão ocorrendo desde o início da greve da categoria iniciada na última quarta-feira e que atinge Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal, Banco da Amazônia, Banco Real, Itaú e HSBC.





Os grevistas reivindicam 13,6% de reajuste salarial, aprovação do piso salarial, do Departamento Intersindical de Estudos Sociais Econômicos (Dieese), para R$ 2.074,00, melhores condições de trabalho, auxílios creche e família no valor de um salário mínimo, dentre outros.









www.folhabv.com.br/noticia.php?editoria=cidades&Id=48716

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