SÃO PAULO, 23 de outubro de 2008 - A greve na Caixa Econômica Federal continua em pelo menos 23 estados. Ontem (22), após a apresentação das propostas da Federação Nacional dos Bancos (Fenaban), grande parte dos funcionários da Caixa decidiu continuar com o movimento grevista. Apenas os sindicatos dos estados do Acre, Roraima e do Distrito Federal e de algumas cidades decidiram aprovar a proposta e retornar ao trabalho.
De acordo com a Associação de Pessoal da Caixa Econômica Federal de São Paulo (APCEF/SP), as principais divergências são em relação ao pagamento da participação nos lucros e resultados (PLR) e à distribuição dos cargos comissionados.
Pelo acordo da Fenaban, os bancários que, até 31 de agosto deste ano, ganhavam no máximo R$ 2.500, terão reajuste de 10%. Aqueles que tinham remuneração superior a R$ 2.500 até a mesma data, terão os salários reajustados em 8,15%. Esses percentuais vão recair sobre a PLR, que corresponde a 90% do salário.
Segundo a APCEF/SP, este ano, o valor da PLR deveria ser pelo menos 50% maior que o ano passado. Entretanto, algumas categorias vão receber menos do que em 2008. De acordo com a Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf), 27 mil trabalhadores receberão a PLR menor que no ano passado.
Ainda hoje, o Comando Nacional dos Bancários se reúne com a direção da Caixa Econômica, em Brasília, para tentar reabrir as negociações. A comissão reúne representantes da Contraf e do Sindicato dos Bancários de São Paulo. A Caixa Econômica Federal foi procurada, mas não se pronunciou sobre o assunto.
Para decidir sobre os rumos da negociação, novas assembléias foram convocadas para hoje à noite.
As informações são da Agência Brasil.
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