O centro de informações da missão Hubble em Garching, Alemanha, informou que o telescópio espacial identificou pela primeira vez uma “população primordial” de galáxias compactas a 13 bilhões de anos-luz de distância, 600 milhões a 800 milhões de anos após o Big Bang.
A missão Hubble é mantida por um consórcio entre a Nasa, a agência espacial americana, e a ESA, sua "prima" europeia.
Os dados, coletados pela câmera de infravermelho do telescópio, a WFC3, foram analisados por cinco equipes internacionais de astrônomos.
Interpretações preliminares foram apresentadas em Washington, EUA, na 215ª reunião da Sociedade Astronômica Americana.
“As massas (dessas galáxias)representam apenas 1% da massa da Via-Láctea”, afirmou Ivo Labbe, do Instituto Carnegie.
A WFC3, instalada por astronautas do ônibus espacial Atlantis em maio do ano passado , é cerca de 40 vezes mais eficiente que a anterior.
O Hubble obteve em quatro dias de observação o que levaria quase seis meses para registrar com os instrumentos velhos.
Quanto mais profundamente o Hubble “olha” no espaço, mais “recua no tempo”, porque a luz consome bilhões de anos para cruzar o universo observável. Segundo a equipe que coordena o telescópio espacial, isso transforma o Hubble, com uma certa liberdade poética, numa “máquina do tempo”.
“Com o Hubble rejuvenescido e seus novos instrumentos, estamos agora entrando em território não mapeado, pronto para novas descobertas”, comemorou Garth Illingworth, da Universidade da Califórnia (câmpus de Santa Cruz). Um novo telescópio espacial, o James Webb, muito mais potente que o Hubble, será lançado em 2014 para aprofundar a busca pela origem do Universo.
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