Belgrado, 24 jul (EFE).- As autoridades sérvias anunciaram hoje que estão investigando através de uma perícia se o documento de identidade usado pelo acusado de crimes de guerra Radovan Karadzic, detido na segunda-feira, foi falsificado ou não.
Os dados no documento, que Karadzic usava com a identidade falsa de Dragan Dabic, coincidem totalmente com os de uma pessoa de mesmo nome que vive na cidade sérvia de Ruma.
Os dois documentos só são diferentes na fotografia, disse hoje à imprensa o presidente do conselho nacional sérvio para a cooperação com o Tribunal Penal Internacional para a Antiga Iugoslávia (TPII), Rasim Ljajic.
"Todos os dados no documento nacional de identidade do cidadão Dragan Dabic, do número único de cidadão até o número de série e a data de emissão, são idênticos, como no usado por Karadzic", disse.
O documento foi emitido em 20 de abril de 1999 em Ruma, segundo Ljajic, que disse que investigará se é falsificado.
Karadzic foi detido na segunda-feira passada pelos serviços de inteligência sérvios nos arredores de Belgrado, onde vivia com identidade falsa com o nome de Dragan Dabic e trabalhava com medicina alternativa.
O ex-líder político servo-bósnio é acusado pelo TPII pelo genocídio em Srebrenica, cerco a Sarajevo e outros graves crimes contra a humanidade cometidos durante a Guerra da Bósnia (1992-1995).
A captura de Karadzic abriu as perguntas sobre onde e como se escondeu durante mais de doze anos, quando "desapareceu", após ser acusado e ser ditada contra ele uma ordem internacional de busca e captura. EFE
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