quarta-feira, 21 de janeiro de 2009

JUROS: Copom precisa ser mais agressivo, diz Anefac







SÃO PAULO, 21 de janeiro de 2009 - O Comitê de Política Monetária (Copom) anuncia hoje, após o fechamento do mercado, o resultado do encontro de dois dias para discutir os rumos da política monetária nacional. Esta pode ser a reunião mais difícil dos diretores do Banco Central (BC), uma vez que acontece em meio à pior crise financeira mundial, quando o Brasil já mostra sinais claros de retração da atividade econômica.






Para o vice-presidente da Associação Nacional dos Executivos de Finanças Administração e Contabilidade (Anefac), Miguel de Oliveira, este é o momento do BC ousar como, aliás, ousaram todos os principais Bancos Centrais do mundo, quando recentemente, mesmo com o risco de uma inflação maior, resolveram de forma inédita reduzir suas taxas de juros para evitar exatamente esta desaceleração econômica.






Apesar da maioria dos analistas torcerem por uma redução de maior magnitude, a aposta é de que o Copom vai optar por cortar a taxa básica de juros (Selic) de 13,75% para 13,25%, mantendo o conservadorismo, há meses criticado. "Se não houver redução da taxa básica em percentual mais agressivo será inoportuna e equivocada, dado o quadro econômico atual em que todos os indicadores vêm apontando queda brusca na atividade econômica e recuo expressivo da produção industrial. O que demonstra e exige uma ação mais agressiva do Banco Central na redução dos juros básicos", disse Oliveira.






Diante da grande volatilidade na bolsa de valores e no câmbio, o enxugamento da liquidez, a escassez de crédito, a forte desaceleração econômica mundial bem como a fuga de capitais representam, Miguel Oliveira enxerga "perigo à vista". 'Não é o momento de se jogar lenha da fogueira, trazendo mais instabilidade ao mercado com uma decisão equivocada".






Segundo o especialista, um corte de 0,5 ponto percentual nos juros, teria efeito muito pequeno nas operações de crédito. "Este fato ocorre uma vez que existe um deslocamento muito grande entre a taxa Selic e as taxas cobradas ao consumidor que na média da pessoa física atingem 137,91% ao ano provocando uma variação de quase 1.000,00% entre as duas pontas", explica.






O custo do financiamento no comércio teria uma queda de 6,30% para 6,26% ao mês e de 108,16% para 107,22% no ano. Já os juros no cheque especial cairíam de 7,91% para 7,87% no mês e de 149,31% para 148,20% ao ano. Enquanto a taxa do CDC recuaria de 3,05% para 3,01% e de 43,41% para 42,74% no mês e ano, respectivamente. (Vanessa Stecanella - InvestNews)







www.gazetamercantil.com.br/GZM_News.aspx?Parms=2298544,1,20,1












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