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Será mantido o Imposto sobre
Produtos Industrializados (IPI) de 3% para os carros flex de 1.000
cilindradas até 31 de março de 2010
Da Redação, com agências
O ministro da Fazenda, Guido Mantega, anunciou nesta terça-feira (24)
uma série de medidas para incentivar a compra de carros e caminhões que
emitem menos gases de efeito estufa. Segundo ele, será mantido o
Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) de 3% para os carros flex
(gasolina/álcool) de 1.000 cilindradas até 31 de março de 2010. Com
isso, esses veículos populares não voltam a ter IPI de 7% a partir de
janeiro próximo.
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carros a gasolina de 1.000 cilindradas continuam dentro do cronograma
previsto e retornam ao nível de 7% de IPI em janeiro. Os veículos de
2.000 cilindradas terão um IPI de 7,5% até 31 de março de 2010. Aqueles
movidos a gasolina retornam ao patamar de 13% em janeiro do próximo
ano.
O governo decidiu estimular a compra de novos caminhões.
Para isso, segundo Mantega, será prorrogado o IPI zero até junho do ano
que vem. "A média de idade da frota de caminhões é de 18 anos e precisa
de renovação", disse.
"Queremos que a indústria automobilística
se consolide no Brasil e queremos, ao mesmo tempo, trazer para o país o
desenvolvimento de novas tecnologias voltadas para o meio ambiente",
disse Mantega ao divulgar as medidas.
De acordo com o ministro,
o governo está preocupado com o meio ambiente e, por isso, tem adotado
medidas de redução de tributos relacionadas ao menor consumo de energia
e de energia de carbono na atmosfera.
Ele disse que o Brasil
está indo para a reunião de meio ambiente de Copenhague, em dezembro,
com propostas fortes de redução de consumo de energia e que essas
medidas já adotadas são o "início das ações do governo, mas que outras
iniciativas relacionadas ao meio ambiente e a preservação do clima
também serão anunciadas".
Quase nove em cada 10 automóveis e
comerciais leves vendidos no Brasil de janeiro a outubro deste ano
foram bicombustíveis, de acordo com dados da Anfavea, associação que
representa as montadoras.
O governo anunciou em dezembro
passado a redução do IPI que incide sobre veículos, com o objetivo de
estimular as vendas de automóveis em meio à crise econômica global.
O
incentivo fiscal, previsto originalmente para terminar em março e que
foi prorrogado, sustentou as vendas de carros no país, com o Brasil
sendo um dos únicos lugares do mundo a apresentar expansão do setor
automotivo ao longo de 2009.
Segundo dados da Anfavea, as
vendas de automóveis, comerciais leves, caminhões e ônibus de janeiro a
outubro somaram 2,6 milhões de unidades, alta de 6,1% ante igual
período de 2008.
Para o fechamento do ano, a entidade estima
oficialmente avanço de 6,4%, para o recorde de 3 milhões de unidades,
embora já tenha indicado que o número final poderá chegar a 3,08
milhões.
O desconto cheio do IPI sobre veículos vigorou até setembro, com retorno gradual a partir de outubro.
A
decisão do governo de priorizar produtos menos nocivos ao meio ambiente
não é inédita. No mês passado, foi prorrogado o IPI reduzido para
produtos da linha branca que consomem menos energia.
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