ESTOCOLMO, - A Sérvia apresentou oficialmente, nesta terça-feira, em Estocolmo, sua candidatura de adesão à União Europeia (UE); mas a ex-república iugoslava, à margem durante longo tempo do processo de integração europeia, ainda tem muitos obstáculos à frente.
O presidente sérvio, Boris Tadic, deu um primeiro passo simbólico ao entregar a candidatura de seu país ao primeiro-ministro Fredrik Reinfeldt, da Suécia, país que ostenta até 31 de dezembro a presidência rotativa do bloco.
"Levamos 10 anos de vida democrática, 10 anos desde o fim da guerra, 10 anos desde o fim de nosso isolamento. Durante estes 10 anos, nosso principal objetivo tem sido integrar a Sérvia na UE", declarou Tadic em referência à década que se seguiu à queda do regime de Slobodan Milosevic.
Reinfeldt saudou, por sua vez, o "gesto histórico" da Sérvia, que reflete "a forte determinação de seu governo".
Abre-se agora, para Belgrado, um longo processo para a adesão que, de qualquer forma, não acontecerá antes de 2014, levando-se em conta todo o trabalho que ainda tem pela frente este país de 7,5 milhões de habitantes.
Belgrado deve "concluir as reformas, deter os criminososs de guerra" procurados pela justiça internacional e "garantir a democracia e a economia de mercado", enumerou Reinfeldt.
Não houve menção ao Kosovo, cuja independência da Sérvia foi reconhecida por 22 dos 27 países da UE, depois e sua proclamação unilateral em fevereiro de 2008. Belgrado prossegue considerando o território como sua província meridional.
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