Com final inesperada, Liga Mundial terá campeão inédito após seis anos
Roberta Nomura e Paula Almeida
No Rio de Janeiro e em São Paulo
No Rio de Janeiro e em São Paulo
Com a enxurrada de títulos nos currículos de Itália (oito) e Brasil (sete), a Liga Mundial é um torneio com pouquíssimos campeões em sua história. Ao longo de 18 edições, apenas cinco nações chegaram ao primeiro lugar. Mas esse número vai aumentar neste domingo, às 12h30, quando Sérvia e Estados Unidos disputarem suas primeiras taças.
A última vez que uma seleção foi campeã de maneira inédita foi em 2002, quando a Rússia conseguiu seu primeiro - e único êxito -, acabou com a festa brasileira em Belo Horizonte e impediu o que seria, naquela época, o terceiro título dos anfitriões. Desde então, apenas o Brasil subiu ao lugar mais alto do pódio, nas cinco edições seguintes.
Embora sejam grandes seleções do vôlei atual, os dois times chegam à decisão com um ligeiro aspecto de 'azarões'. Isso porque nenhum deles era favorito em suas semifinais. Os norte-americanos tiveram a missão de despachar os anfitriões e favoritíssimos brasileiros. Já os sérvios nem deram atenção aos russos, considerados figuras certas em uma final contra o Brasil. Dessa maneira, chegam ao último jogo duas equipes que jamais conquistaram o título da Liga Mundial.
Bicampeões olímpicos (Los Angeles-1984 e Seul-1988), os Estados Unidos ainda têm na sua história um título mundial (1986) e uma Copa do Mundo (1985), mas nunca faturaram o troféu da principal competição anual de vôlei masculino. Em 1992, a seleção conseguiu a medalha de bronze. No ano passado, bateu na trave e voltou a repetir o terceiro lugar. E foi só.
A Sérvia, por sua vez, tem como grande e único título o ouro olímpico em Sydney-2000, quando ainda integrava a Iugoslávia. Com a antiga bandeira, a equipe foi bronze na Liga de 2002. Já como Sérvia e Montenegro, foi bronze em 2004 e prata nas edições de 2003 e 2005, a primeira delas em uma final emocionante contra o campeão Brasil, com direito a um tie-break finalizado em 31-29.
Na caminhada rumo à decisão deste ano, os dois finalistas fizeram traçados distintos. Os Estados Unidos começaram com uma boa primeira fase, quando perderam apenas três jogos, todos para a Bulgária. Depois, perderam justamente para a Sérvia em sets diretos e fizeram um duelo duríssimo contra a Polônia, ambos pela segunda fase.
Já a Sérvia cresceu na reta final do campeonato. Após um início irregular, em grande parte fruto da jovem equipe usada contra Brasil, França e Venezuela na primeira fase, os europeus chegaram muito fortes para a segunda etapa, com seu time completo batendo Estados Unidos e Polônia sem perder sets.
Ciente dessa ascensão sérvia, o levantador norte-americano Ball, destaque de sua equipe na vitória sobre o Brasil, admitiu preferir uma decisão contra a Rússia, até de olho nos Jogos de Pequim. "Queria enfrentar a Rússia na final. Ainda não os enfrentamos, e serviria de preparação para as Olimpíadas", comentou o veterano jogador. "Eles [sérvios] estão com um bom aproveitamento em quase todos os fundamentos e é difícil bater um time assim. Espero que possamos mostrar o mesmo que fizemos contra o Brasil. Só assim conseguiremos ser campeões".
Do outro lado, o levantador Nikola Grbic reconheceu que mais uma vitória fácil sobre os Estados Unidos, como na primeira partida da segunda fase, seria uma ilusão. "Vai ser um jogo completamente diferente do primeiro. Gostaria que fosse o mesmo, mas com certeza não será. Especialmente porque eles estão em crescimento desde o início", analisou o capitão da Sérvia.
http://esporte.uol.com.br/volei/ultimas/2008/07/27/ult4367u2119.jhtm
Sérvia e EUA já se cruzaram nesta edição da Liga, e os europeus arrasaram os rivais |
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Embora sejam grandes seleções do vôlei atual, os dois times chegam à decisão com um ligeiro aspecto de 'azarões'. Isso porque nenhum deles era favorito em suas semifinais. Os norte-americanos tiveram a missão de despachar os anfitriões e favoritíssimos brasileiros. Já os sérvios nem deram atenção aos russos, considerados figuras certas em uma final contra o Brasil. Dessa maneira, chegam ao último jogo duas equipes que jamais conquistaram o título da Liga Mundial.
Bicampeões olímpicos (Los Angeles-1984 e Seul-1988), os Estados Unidos ainda têm na sua história um título mundial (1986) e uma Copa do Mundo (1985), mas nunca faturaram o troféu da principal competição anual de vôlei masculino. Em 1992, a seleção conseguiu a medalha de bronze. No ano passado, bateu na trave e voltou a repetir o terceiro lugar. E foi só.
A Sérvia, por sua vez, tem como grande e único título o ouro olímpico em Sydney-2000, quando ainda integrava a Iugoslávia. Com a antiga bandeira, a equipe foi bronze na Liga de 2002. Já como Sérvia e Montenegro, foi bronze em 2004 e prata nas edições de 2003 e 2005, a primeira delas em uma final emocionante contra o campeão Brasil, com direito a um tie-break finalizado em 31-29.
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Já a Sérvia cresceu na reta final do campeonato. Após um início irregular, em grande parte fruto da jovem equipe usada contra Brasil, França e Venezuela na primeira fase, os europeus chegaram muito fortes para a segunda etapa, com seu time completo batendo Estados Unidos e Polônia sem perder sets.
Ciente dessa ascensão sérvia, o levantador norte-americano Ball, destaque de sua equipe na vitória sobre o Brasil, admitiu preferir uma decisão contra a Rússia, até de olho nos Jogos de Pequim. "Queria enfrentar a Rússia na final. Ainda não os enfrentamos, e serviria de preparação para as Olimpíadas", comentou o veterano jogador. "Eles [sérvios] estão com um bom aproveitamento em quase todos os fundamentos e é difícil bater um time assim. Espero que possamos mostrar o mesmo que fizemos contra o Brasil. Só assim conseguiremos ser campeões".
Do outro lado, o levantador Nikola Grbic reconheceu que mais uma vitória fácil sobre os Estados Unidos, como na primeira partida da segunda fase, seria uma ilusão. "Vai ser um jogo completamente diferente do primeiro. Gostaria que fosse o mesmo, mas com certeza não será. Especialmente porque eles estão em crescimento desde o início", analisou o capitão da Sérvia.
http://esporte.uol.com.br/volei/ultimas/2008/07/27/ult4367u2119.jhtm
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