sábado, 20 de setembro de 2008

Corregedor da PF chega ao Amapá para investigar Romero






Evandro Éboli - O Globo

BRASÍLIA - O corregedor-geral da Polícia Federal, José Ivan Lobato, chegou nesta sexta-feira em Macapá, onde vai conduzir a investigação sobre o suposto envolvimento do delegado Romero Menezes, ex-diretor-executivo do departamento, no inquérito que apura o vazamento de informações sigilosas relativas à operação Toque de Midas, que investiga supostas fraudes da MMX na licitação para a estrada de ferro entre Serra do Navio e o Porto de Santana, no Amapá. Lobato escolherá um delegado para presidir esse inquérito.





Na quinta-feira, a direção da PF interveio na investigação. Na ocasião, o diretor da PF, Luiz Fernando Corrêa, havia determinado o afastamento dos delegados que estão à frente da Toque de Midas . Ele agora pode afastar o superintendente da polícia no estado, Rui Fontel.





Em nota divulgada nesta sexta, a PF nega que tenha ocorrido intervenção e diz que a entrada do corregedor no caso é normal e está prevista no regimento interno da corporação. A PF informou que Lobato vai instaurar procedimento administrativo disciplinar para apurar eventuais desvios de conduta de Romero.





O número dois da PF teve sua prisão decretada pelo juiz da 1ª Vara Federal de Macapá, Anselmo Gonçalvez da Silva. Além dele, foram presos seu irmão, José Gomes Menezes Junior, e Renato Camargo dos Santos, dirigente da mineradora MMX Amapá, do empresário Eike Batista.





A Federação Nacional dos Policiais Federais (Fenapef) divulgou nota contestando a posição da Associação dos Delegados da PF em defesa de Romero Menezes e deixando claro um racha entre delegados e agentes dentro da PF.





"Ele (Romero) recebeu voz de prisão em um gabinete com ar condicionado, cafezinho e vista panorâmica de Brasília. Sua integridade moral e de sua família foram preservadas pela PF. Em outras tantas operações, que ocorrem diariamente, policiais são acordados de madrugada, com o COT às suas portas. Esposas e filhos choram enquanto a casa é devassada. Sem qualquer respeito à dignidade, o policial é algemado, na maioria das vezes com base em fragmentos de grampos telefônicos incapazes de se sustentar diante de qualquer juízo", diz a nota da Fenapef.










http://oglobo.globo.com/pais/mat/2008/09/19/corregedor_da_pf_chega_ao_amapa_para_investigar_romero-548306929.asp

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