Por Nadim Ladki
BEIRUTE (Reuters) - Os confrontos continuavam nesta segunda-feira na cidade de Tripoli, no norte do Líbano, e fontes de segurança afirmaram que pelo menos 36 pessoas tinham sido mortas no domingo em combates entre o Hezbollah e seguidores do líder druso Walid Jumblatt no leste de Beirute. Atiradores sunitas pró-governo no distrito de Bab Tebbaneh trocaram tiros e granadas com milícias aliadas ao Hezbollah na região de Jebel Mohsen.
Quatro pessoas foram feridas nos confrontos que depois geraram ações de atiradores de elite, segundo testemunhas.
No resto do Líbano vigorava uma tranquilidade precária, enquanto líderes rivais se preparam para conversas com mediadores da Liga Árabe para tentar resolver a pior crise interna no país desde a guerra civil (1975-90).
O Hezbollah e seus aliados varreram Beirute e as montanhas a leste da capital, expulsando militantes governistas, antes de entregarem o controle da área ao Exército, que é neutro na disputa.
Uma fonte disse que entre os mortos nos combates de domingo há 14 militantes do Hezbollah, grupo que tem apoio do Irã.
Por parte dos governistas, Jumblatt aceitou entregar suas posições ao Exército depois de perder várias delas para militantes do Hezbollah e seus aliados no bairro de Aley.
Os confrontos no Líbano, iniciados em 7 de maio, já deixaram 81 mortos e 250 feridos. O avanço militar do Hezbollah é parte de uma espécie de "guerra por procuração" entre o Irã e os EUA, que apóiam o governo local, agora sensivelmente enfraquecido.
O grupo xiita rebelou-se contra as decisões do governo de destruir a rede de comunicações do Hezbollah e demitir o chefe de segurança do aeroporto de Beirute, que era ligado à facção.
http://br.reuters.com/article/topNews/idBRB71212420080512
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