Agencia Estado
O presidente do consórcio Jirau Energia, Irineu Meirelles, disse hoje que não descarta apresentar recurso questionando o resultado do leilão da usina de Jirau, arrematada na segunda-feira pelo consórcio adversário, Energia Sustentável do Brasil. Meirelles questiona o fato de o consórcio liderado pelo grupo Suez ter anunciado que pretende deslocar em nove quilômetros a instalação da usina no Rio Madeira em relação à localização prevista no edital de licitação.
"O anexo 2 do edital dá as coordenadas da usina. Eles (o consórcio Energia Sustentável do Brasil) estão propondo construí-la em outro lugar, na Cachoeira do Inferno", relatou Meirelles. Afirmou estar aguardando uma posição da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) sobre a proposta de alteração do local da hidrelétrica.
"Somente depois disso vamos avaliar que providência iremos tomar. O consórcio Jirau Energia pleiteia apenas que haja isonomia no processo de leilão. Todos temos de ter acesso às mesmas informações", enfatizou. Declarou que, em teleconferência feita ontem com analistas, a Suez teria dito haver realizado consulta informal à Aneel sobre a mudança física do local da hidrelétrica e que a agência teria dado sinal verde. Enfatizou que, se este fato aconteceu, "é algo preocupante", porque, na sua avaliação, para garantir isonomia no leilão, as informações da Aneel teriam de estar disponíveis a todos os participantes da licitação.
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