O número de cubanos que tentam fugir do país governado pela ditadura dos irmãos Castro está no seu ponto mais alto em 14 anos. De acordo com informações da Guarda Costeira americana reveladas por uma reportagem de VEJA desta semana, 3.846 cubanos lançaram-se ao mar nos últimos oito meses em direção à costa da Flórida, a 160 quilômetros de distância. No ano passado, 7.693 pessoas tentaram abandonar a ilha.
A quantidade de fugitivos é a maior registrada desde 1994. Naquele ano, estrangulado pela crise econômica, Fidel Castro liberou a emigração. No total, 37.191 pessoas tentaram chegar aos Estados Unidos por mar. Agora, nem as reformas econômicas promovidas pelo irmão de Fidel, Raúl, foram suficientes para convencer a população a esperar para ver no que vai dar.
Desde que assumiu Cuba em fevereiro, Raúl já liberou a venda de itens de consumo banais no restante do mundo, autorizando os cubanos a comprar eletrodomésticos e aparelhos celulares e a se hospedar em hotéis. Como diz o ditado, muito pouco, muito tarde. "As tímidas reformas feitas por Raúl Castro não vão alterar a curto prazo a falta de perspectivas para os jovens cubanos", disse a VEJA o americano Andy Gomez, do Instituto de Estudos Cubanos da Universidade de Miami.
Entenda por que, mesmo com as supostas promessas de mudança, mais cubanos estão deixando a ilha, na íntegra da reportagem da revista (exclusiva para assinantes).
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