Kassab aproveita convenção do PV para cobrar tucanos
Para prefeito, é 'totalmente inadequado' não defender atual aliança
Fausto Macedo e Jerusa Pereira
Em plena convenção do PV, que homologou a adesão à sua candidatura à reeleição, o prefeito Gilberto Kassab (DEM) condenou ontem aqueles que não defendem a manutenção da aliança com o PSDB. "É totalmente inadequado, numa aliança que vai bem. Nós procuramos de todas as maneiras manter essa aliança. É uma aliança que dá bons resultados para a cidade, tanto é que no próprio PSDB existem aqueles que defendem a manutenção da aliança. Eu torço para que ela continue."
Ele não disse se o inadequado seria Geraldo Alckmin, que não abre mão de ser candidato. "Eu não queria fulanizar", esquivou-se. Indagado se ainda tem esperança de coligar-se com os tucanos, referiu-se de novo aos que o apóiam: "Na medida em que há lideranças do PSDB que acreditam na manutenção dessa aliança seria um desrespeito da minha parte não acreditar."
No discurso, Kassab voltou a mirar na gestão da petista Marta Suplicy (2001-2004), sem citá-la. "Foram equivocadas políticas públicas que não acabaram com as escolas de lata. Essa era a prioridade. Que raio de planejamento é esse que deixa milhares de crianças em salas de lata? Nós acabamos com isso." E disse a quem era seu recado: "A todos os que planejam de acordo com factóides, que não é nosso caso. Planejar significa investir adequadamente. É fazer com desprendimento e transparência a administração, sem aumentar impostos."
Na convenção, o PV formalizou a entrada na coligação, que já tem DEM, PMDB e PR, e seus 83 candidatos a vereador. O partido espera crescer se Kassab for reeleito. "Gostaria de ter influência maior na área da cultura", disse o presidente do PV, José Luís Penna. "É um recado dado (a Kassab). Tenho falado muito com ele." O PV já tem a Secretaria do Meio Ambiente e a Subprefeitura de Parelheiros.
INAUGURAÇÕES
Mais cedo, Kassab entregou a restauração da Capela São Miguel Arcanjo, em São Miguel Paulista, e o Centro Educacional Unificado (CEU) Jardim Paulistano, na Brasilândia. O clima era de campanha, embora pela Lei Eleitoral ela só possa começar em 6 de julho. No CEU, uma das principais propostas de Marta, bandeirinhas de papel com o símbolo da prefeitura eram distribuídas.
Mais cedo, Kassab entregou a restauração da Capela São Miguel Arcanjo, em São Miguel Paulista, e o Centro Educacional Unificado (CEU) Jardim Paulistano, na Brasilândia. O clima era de campanha, embora pela Lei Eleitoral ela só possa começar em 6 de julho. No CEU, uma das principais propostas de Marta, bandeirinhas de papel com o símbolo da prefeitura eram distribuídas.
Ao chegar, o prefeito parou para cumprimentos e fotos. No discurso, porém, evitou falar de promessas para um próximo mandato. Disse que ao longo deste ano "serão entregues 217 escolas" e seu objetivo é proporcionar ensino público de qualidade igual ou melhor que o ensino particular.
E alfinetou Marta, dizendo que mantinha as críticas. "Não tem sentido construir CEUs sem eliminar as escolas de lata. A crítica era por conta de um planejamento inadequado." Em São Miguel Paulista, Kassab disse que vai fazer campanha no almoço, à noite e nos fins de semana.
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