BOGOTÁ (Reuters) - A Procuradoria da Colômbia pediu nesta quarta-feira à Justiça do Equador que lhe dê acesso a três mulheres sobreviventes do bombardeio em que morreu um dos líderes da guerrilha Farc, para determinar qual era sua missão no acampamento rebelde atacado.
A solicitação foi apresentada ao Ministério das Relações Exteriores para que seja encaminhada ao governo do Equador.
"Se a assistência judicial é recíproca como vem acontecendo, a Justiça colombiana poderá ter acesso a esses testemunhos-chaves dentro da investigação", disse o procurador-geral da Colômbia, Mario Iguarán.
A investigação das autoridades colombianas também trata de esclarecer a presença do equatoriano Franklin Aizalia, morto no ataque, o que provocou um enérgico protesto do governo do presidente equatoriano, Rafael Correa.
A Procuradoria busca a autorização para interrogar uma mexicana e duas colombianas que sobreviveram ao bombardeio às Forças Armadas da Colômbia em uma região selvática do Equador, no qual morreu o número 2 da guerilha, Rául Reyes, e outras 25 pessoas.
As Farc são o maior grupo rebelde esquerdista da Colômbia. É integrado por cerca de 17 mil combatentes e considerado uma organização terrorista pelos Estados Unidos e a União Européia.
O ataque militar colombiano foi considerado por Correa um massacre que violou a soberania de seu país. Dias depois, ele rompeu relações diplomáticas com a Colômbia.
Embora a crise tenha sido superada durante a Cúpula do Grupo do Rio, na República Dominicana, o Equador mantém uma atitude crítica perante a Colômbia e ainda não restabeleceu as relações diplomáticas com o país vizinho.
(Reportagem de Luis Jaime Acosta)
http://oglobo.globo.com/mundo/mat/2008/03/26/colombia_pede
_acesso_sobreviventes_de_ataque_as_farc-426543931.asp
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