CIRILO JUNIOR
da Folha Online, no Rio
A aceleração do crescimento da massa salarial e o aumento da oferta de crédito impulsionaram o PIB (Produto Interno Bruto) no quarto trimestre, que cresceu 6,2%, frente a igual período em 2006. Foi a maior expansão, nessa comparação, desde o segundo trimestre de 2004, quando a economia apresentou incremento de 7,8% em relação ao período correspondente no ano anterior.
O volume de impostos sobre produtos aumentou 11,6% no último trimestre de 2007. Segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), isso ocorreu pelo aumento das importações, que provocaram incremento na arrecadação sobre importação.
Ao todo, a economia brasileira cresceu 5,9% durante o segundo semestre de 2007. Nos primeiros seis meses do ano passado, o PIB teve expansão de 4,9%.
Segundo a coordenadora de Contas Nacionais Trimestrais do IBGE, Rebeca Palis, o dólar mais baixo vem auxiliando a expansão da economia, à medida em que favorece as importações, principalmente de máquinas e equipamentos. Ela considera que há espaço na economia para essas compras externas.
"Desde 2006, estamos acompanhando um crescimento das importações, acima do nível das exportações. O dólar baixo vem ajudando no investimento. As importações de máquinas e equipamentos estão crescendo, mas a produção também. Isso é importante", avaliou.
O IBGE anunciou a revisão dos números do PIB dos trimestres anteriores, em função do incremento de dados do Censo Escolar. No primeiro trimestre, a economia cresceu 4,4% -- anteriormente, era 4,5%. No trimestre seguinte, os 5,6% de alta anunciados anteriormente foram revistos para 5,4%. E no terceiro trimestre, a economia teve expansão de 5,7%, ante os 5,6% divulgados há três meses.]
O IBGE informou ainda que o país fechou 2007 com necessidade de financiamento de R$ 4,5 bilhões. Em 2006, o Brasil tivera capacidade de financiamento de R$ 20,8 bilhões.
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