sexta-feira, 4 de abril de 2008

Exame toxicológico de pai e madrasta de Isabella dá resultado negativo

da Folha Online




Resultado preliminar do exame toxicológico do Alexandre Nardoni, 29, e a madrasta, Anna Carolina Trotta Peixoto Jatobá, 24, pai e madrasta de Isabella Oliveira Nardoni, 5, aponta que o casal não consumiu drogas ou bebidas alcóolicas na noite em que a menina morreu, de acordo com reportagem do "SPTV" segunda edição, da TV Globo.




Isabella morreu no final da noite do último sábado (29) após cair do sexto andar do prédio onde o pai mora, na zona norte de São Paulo. Ela foi encontrada em parada cardiorrespiratória no jardim do edifício.




Outra informação da perícia a que o jornal teve acesso é de que a tela de proteção de um dos quartos do apartamento, que apresentava um buraco, começou a ser cortada com uma faca e posteriormente a abertura foi concluída com uma tesoura.




Ontem (3) Nardoni e Jatobá se apresentaram à Justiça quase 20 horas depois de terem a prisão temporária por 30 dias --prorrogáveis por mais 30-- decretada pelo juiz Maurício Fossen, da 2ª Vara do Júri. Ele também decretou sigilo no inquérito policial.




Também na quinta-feira, o casal resolveu se manifestar por meio de cartas, que foram exibidas na TV Record. Nardoni disse que seu "mundo acabou" com a morte da filha e que está sendo condenado por algo que não fez.




"Nós não tínhamos feito nenhuma declaração ainda porque acreditávamos que o caso seria solucionado", diz um trecho. "Somos inocentes e a verdade sempre prevalecerá", afirma Jatobá.




Contradições

Nesta sexta-feira o promotor Francisco José Taddei Cembranelli, que acompanha as investigações sobre a morte da menina, afirmou que a versão apresentada pelo pai e pela madrasta da menina é "fantasiosa" e reforçou a hipótese de crime. Segundo ele, há contradições que precisam ser esclarecidas.




O pai de Isabella disse à polícia que a menina teria sido jogada do sexto andar do edifício, supostamente, por uma pessoa que teria invadido seu apartamento.




De acordo com o promotor, o casal foi preso para que as investigações não fossem prejudicadas. Caso estivessem em liberdade, poderiam ter contato com testemunhas, vizinhos ou ao local onde a menina morreu.




Um dos principais fatos que devem ser esclarecidos, afirma Cembranelli, é a declaração dada por Nardoni a pessoas que estavam no prédio, também no dia 29, de que um criminoso estava no apartamento e que a porta havia sido arrombada. A perícia não constatou arrombamento e, em depoimento, o pai de Isabella não voltou a mencionar o fato.




Depoimento

Isabella morava com a mãe, mas visitava o pai a cada 15 dias. Na versão apresentada à Polícia Civil, Nardoni afirmou ter chegado de carro ao edifício onde mora, com os três filhos dormindo, no sábado à noite. Ele disse ter levado Isabella para o apartamento e retornado à garagem para ajudar a mulher com os outros dois filhos.




Quando voltou ao imóvel, Nardoni teria encontrado a luz acesa e percebido que a menina havia desaparecido. Ele teria, então, visto um buraco na tela de proteção da janela do quarto ao lado e Isabella deitada no jardim. Os bombeiros tentaram reanimar a menina por 34 minutos, mas não conseguiram.





www1.folha.uol.com.br/folha/cotidiano/ult95u389162.shtml

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