domingo, 27 de abril de 2008

Primeira parte da reconstituição foi baseada em depoimentos do casal

Os peritos mediram tempo gasto para reproduzir narrativa do pai e da madrasta.


Uma segunda equipe prepara apartamento para reconstituir cena do crime.
Juliana Cardilli Do G1, em São Paulo

O Instituto de Criminalística (IC) informou que durante a manhã deste domingo (27) a polícia reconstituiu os momentos anteriores à morte de Isabella Nardoni com base nos depoimentos prestados pelo pai da menina, Alexandre Nardoni e a madrasta dela, Anna Carolina Jatobá. O casal é considerado suspeito do crime.

Veja também:

Caso Isabella: cobertura completa

Acompanhe movimentação ao vivo pela Globonews

Perito comenta reconstituição

O objetivo foi cronometrar o tempo que o casal alega ter gasto para deixar o carro e chegar ao apartamento.

Isabella morreu após ser espancada, asfixiada e jogada do 6º andar do edifício, onde moravam o pai e a madrasta. Eles não participam da reconstituição porque, segundo a defesa, a polícia lida apenas com uma hipótese para o crime e tem versões que divergem com a do casal.

Boneca

Nos trabalhos, os peritos usam uma boneca especial para substituir a presença da menina. A secretaria de Segurança Pública informou que a boneca não será jogada pela janela. O motivo é contenção de gastos: a boneca custou R$ 2,5 mil. O manequim não foi comprado exclusivamente para esse caso.

Segundo a polícia, a boneca já foi utilizada anteriormente para simular vítimas infantis masculinas e femininas. Após a simulação da morte de Isabella será utilizada novamente em eventuais novos casos. De acordo com a polícia, a boneca é útil porque pode ser recheada e simular peso.


Perícia

A perícia começou às 9h40, na garaem, com a simulação da chegada do casal, de carro, com Isabella e os dois irmão da menina. O trajeto entre o carro e o apartamento foi finalizado por volta das 11. Às 11h10, uma policial surgiu na janela segurando uma boneca.

Por volta das 11h30, peritos retiraram a tela de proteção de um dos quartos do apartamento para instalá-la no outro quarto, onde fica a janela de onde Isabella foi atirada. A nova tela substituiu a anterior, retirada pelos peritos após o crime. A tela foi cortada para que seja reproduzido o momento em que Isabella foi atirada.

Saiba como será a reconstituição

Veja como trabalham os peritos

Às 11h40, policiais realizavam a reconstituição dentro do apartamento.


Equipe

Fundamental para o andamento das investigações sobre o caso, a reconstituição é realizada por quatro peritos, dois médicos legistas, dois desenhistas, dois fotógrafos. Estão também no local os delegados titular e auxiliar do 9º Distrito Policial (do Carandiru), Calixto Calil Filho e Renata Pontes, que conduzem as investigações, além do promotor do Ministério Público Francisco Cembranelli e da delegada seccional da Zona Norte de São Paulo, Elizabete Sato.

Duração

A previsão inicial divulgada pela polícia era que o trabalho duraria dez horas. Mas como o casal suspeito não participa do procedimento, ele deve terminar antes desse prazo - em cinco horas, segundo previsão da secretaria de Segurança Pública.


Segundo a polícia, a maior parte do procedimento deve ser feita dentro prédio e do apartamento, que fica no 6º andar. Em apenas dois momentos a ação deve acontecer no lado externo. Um deles será no jardim, onde o corpo da menina caiu após ser jogado da janela, e o outro será em um prédio vizinho.

A polícia quer saber se haveria tempo hábil para uma terceira pessoa ter cometido o crime sem ser visto por Alexandre ou Anna Carolina. A perícia revelou que entre o desligamento do aparelho GPS do Ford Ka do casal e a primeira ligação para os bombeiros se passaram 13 minutos e 46 segundos.

Esquema de segurança

Assim como na ocasião em que os dois suspeitos do crime foram prestar depoimento no 9º Distrito Policial, onde as investigações são concentradas, foi montado um esquema de segurança para garantir o trabalho dos peritos, a circulação dos moradores e a movimentação da imprensa.

A Rua Santa Leocádia, onde fica o prédio, está fechada desde o fim da noite de sábado (26). Só é permitida a entrada dos moradores, que foram cadastrados pela polícia, além de jornalistas e policiais.

O espaço aéreo acima do edifício está fechado em um raio de 1,5 km, conforme autorização judicial. Isso porque o barulho dos helicópteros pode comprometer a reconstituição quando forem comparadas as versões de testemunhas que afirmam ter ouvido gritos na noite do crime.



http://g1.globo.com/Noticias/SaoPaulo/0,,MUL427955-5605,00

-PRIMEIRA+PARTE+DA+RECONSTITUICAO+FOI+BASEADA

+EM+DEPOIMENTOS+DO+CASAL.html



Envie um e-mail para mim!


Nenhum comentário:

Google