segunda-feira, 7 de abril de 2008

Juiz revoga sigilo em inquérito sobre morte de Isabella

da Folha Online





O juiz Maurício Fossen, da 2ª Vara do Júri, revogou nesta segunda-feira o sigilo no inquérito policial que investiga a morte de Isabella Oliveira Nardoni, ocorrida no último dia 29 de março. O sigilo havia sido decretado na semana passada, pelo mesmo juiz.




De acordo com o TJ (Tribunal de Justiça) de São Paulo, Fossen reviu sua decisão depois de o promotor de Justiça José Taddei Cembranelli, que acompanha o caso, ter revelado detalhes à imprensa, na sexta-feira (4). Ele afirmou que há diversos aspectos das versões apresentadas pelos suspeitos que são contestados pelas testemunhas. Cembranelli chamou os depoimentos de Nardoni e Jatobá de fantasiosa.




Os advogados de Nardoni e Jatobá devem apresentar ainda nesta segunda-feira à Justiça um pedido de habeas corpus em favor dos dois. No habeas corpus, os advogados devem alegar que eles têm endereço fixo; não têm antecedentes criminais e, ao contrário do que diz a Polícia Civil, não oferecem risco às investigações sobre o crime.




Para o promotor, se estiverem em liberdade, Nardoni e Jatobá retornarão ao apartamento onde o crime ocorreu e, inevitavelmente, terão contato com as testemunhas que participam do inquérito. Desde o crime, os peritos da Polícia Civil retornaram ao apartamento ao menos uma vez, e o carro --um Ka-- no qual o casal chegou, na noite do crime, continua lacrado.




Desde que foram presos, Nardoni e Jatobá estão, respectivamente, na carceragem do 77º DP (Santa Cecília) e na do 89º DP (Portal Morumbi). O mandado de prisão expedido contra eles tem duração de 30 dias --prorrogáveis por mais 30. Ontem (6), os advogados estiveram com Nardoni, no 77º DP.




Crime



Isabella foi encontrada com parada cardiorrespiratória no jardim do prédio onde mora o pai dela, na região do Carandiru (zona norte de São Paulo), na noite do último dia 29 de março. Segundo Nardoni, ela teria sido jogada do sexto andar do edifício. A menina morava com a mãe, mas visitava o pai a cada 15 dias.




Na versão apresentada à Polícia Civil, o pai de Isabella afirmou ter chegado de carro ao edifício onde mora, com os três filhos dormindo. Ele disse ter levado Isabella para o apartamento e retornado à garagem para ajudar a mulher com os outros dois filhos.




Quando voltou ao imóvel, Nardoni teria encontrado a luz acesa e percebido que a menina havia desaparecido. Ele teria, então, visto um buraco na tela de proteção da janela do quarto ao lado e Isabella deitada no jardim. Os bombeiros tentaram reanimar a menina por 34 minutos, mas não conseguiram.




www1.folha.uol.com.br/folha/cotidiano/ult95u389741.shtml






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