segunda-feira, 24 de dezembro de 2007

Demolição de prédio em Piedade deve ser concluída em sete dias

Do JC OnLine



Com informações de Cidades/Jornal do Commercio




A diretora da Defesa Civil de Jaboatão dos Guararapes, Rejane Lucena, informou que a demolição do Conjunto Residencial Sevilha, em Piedade, deve ser concluída em sete dias. Até a tarde desse domingo (23), oito dos 16 apartamentos já tinham vindo abaixo. O processo de demolição começou no último sábado (22) e foi reiniciado na manhã desta segunda-feira (24). Parte do conjunto afundou na quinta-feira da semana passada.




Tumulto e invasão de um morador ao apartamento 04 do bloco B marcaram o segundo dia da demolição, neste domingo. Uma confusão se formou por volta das 7h30, depois que as máquinas recomeçaram os trabalhos de derrubada do edifício. Um grupo de moradores ficou irritado porque a demolição foi reiniciada sem a presença dele e tentou impedir o andamento da operação até a chegada de todas as famílias. Por causa disso, o serviço ficou paralisado por meia hora, mas foi retomado após conversa com técnicos da Defesa Civil do município.




“Eles começaram a destruir o prédio sem a nossa presença. A demolição estava marcada para as 8h, mas antes das 7h30 os operários já tinham iniciado os trabalhos. Queremos acompanhar tudo, para tentar resgatar objetos”, disse o morador do apartamento 104, Frederico Spencer, 50 anos. À medida que as máquinas derrubavam as paredes, as famílias eram autorizadas a recolher pertences em meio aos escombros.




À tarde, houve nova confusão entre o condômino do apartamento 04 do bloco B, Vitalino Souza Neto, 40, e os operários que conduziam a demolição. Sem autorização, ele entrou no imóvel e foi flagrado por um técnico da Defesa Civil quando saía com um computador. Houve bate-boca e o morador foi retirado do local por funcionários da Prefeitura de Jaboatão. “Eles me retiraram do local com ignorância. Só queria pegar algumas coisas. Não precisava disso”, reclamou.




A Defesa Civil informou que 40% do prédio está demolido. Neste domingo (23), a operação ocorreu de forma mais lenta, já que o risco de desabamento total da estrutura aumentou. “A base está mais instável. Também estamos tendo dificuldade para retirar a caixa d´água, que fica entre os dois prédios do bloco B”, explicou a diretora da Defesa Civil, Rejane Lucena. A área onde estão as cozinhas será a última a sofrer intervenção, pois há botijões de gás em vários apartamentos, havendo possibilidade de vazamento ou explosão.




Para as famílias que acompanharam a derrubada, o domingo foi de tristeza. Ao ver o quarto sendo destruído pela máquina, a professora Abigail Spencer, 49, não conteve as lágrimas. “Minha maior preocupação era com Aníbal, meu peixe de estimação. Ele já sobreviveu a quatro quedas do aquário, mas pensávamos que agora não iria conseguir. Ele é especial porque entrou na minha vida, há dez anos, quando eu passava por uma fase difícil”.




A assistente-administrativa Fabiana Cristina, 26, moradora do apartamento 304, conseguiu recuperar móveis, roupas e documentos. “Parte da nossa vida vai ficar aqui. Porém, o mais importante é estarmos vivos.” O Conjunto Residencial Sevilha tem outros três blocos (A, C e D), que permanecem interditados. O Itep está fazendo um estudo do solo na área, que deve ser divulgado em 20 dias.









Nenhum comentário:

Google