segunda-feira, 10 de dezembro de 2007

Planalto aposta em Garibaldi Alves para presidir o Senado

Ex-presidente José Sarney (PMDB-AP) assegurou que não aceita candidatura.
Governistas passam a tratar Garibaldi Alves como futuro presidente da Casa.



Roberto Maltchik Do G1, em Brasília


Os líderes governistas e alguns dos principais interlocutores do PMDB no Senado informaram nesta segunda-feira (10), de maneira reservada, que o Palácio do Planalto passou a apoiar a candidatura de Garibaldi Alves Filho (PMDB-RN) para suceder Renan Calheiros (PMDB-AL) na presidência do Senado.

A decisão ocorre por conta da recusa ‘definitiva’ de José Sarney (PMDB-AP) ao apelo para ser o candidato de consenso do partido, que tem a maior bancada, com 20 parlamentares, e que, portanto, tem a prerrogativa de indicar o novo presidente da Casa. “Ele já foi tudo. Não quer mais isso. É o Garibaldi”, afirma um governista.

O potiguar recebeu a informação de que Sarney ficaria de fora da disputa durante o final de semana, em conversa com o próprio senador, e, inclusive, passou a admitir abertamente que sairia da disputa caso o ex-presidente da República estivesse interessado em presidir a Casa, numa jogada ensaiada com o Planalto. “O presidente Sarney tem condições de desequilibrar a disputa. Não é só o peso do nome dele. É uma questão matemática”, desconversa Alves.

Alves, no entanto, mantém-se alerta sobre uma possível reviravolta no quadro. Acredita que Sarney ainda pode surpreende-lo, anunciando na manhã de terça-feira disposição para presidir o Senado. “Estou esperando”, disse, apreensivo.

Os senadores Valter Pereira (PMDB-MS), Leomar Quintanilha (PMDB-TO) e Neuto do Conto (PMDB-SC) concorrem junto com o potiguar à vaga. O senador Pedro Simon (PMDB-RS) também colocou o nome à disposição da legenda e garantiu que não lançará candidatura ‘avulsa’.

Em conversas privadas, líderes governistas e do PMDB, admitem que Garibaldi deve conquistar o apoio majoritário dentro da bancada, na reunião marcada para a manhã desta terça-feira (11), em que será feita a escolha do candidato.

O nome de Garibaldi Alves teria sido escolhido pelo Planalto, de acordo com senadores do PMDB, porque não criaria nova frente de tensão com os partidos de oposição, que podem oferecer um candidato ‘avulso’ para concorrer ao posto.

A eleição do novo presidente do Senado está marcada para quarta-feira (12), mas pode ser adiada em caso de entendimento entre os líderes. “Sempre deixei muito claro isso. Se houver um acordo de líderes, a data pode ser alterada”, ponderou o presidente interino do Senado, Tião Viana (PT-AC).





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