BRASÍLIA - Voltando à ativa depois de receber alta do Instituto do Coração (Incor), o ministro da Justiça, Tarso Genro, disse na tarde desta terça-feira que está se sentindo bem e que não foi só a altitude de La Paz a responsável pelo mal-estar que sofreu na Bolívia, onde desmaiou em meio a uma solenidade no domingo. Ao explicar o mal-estar, sobrou até para a CPMF.
" Estou ok. Foi cansaço, estresse, fim de ano, CPMF, de tudo um pouco - "
Tarso recebeu alta na manhã desta terça-feira e depois seguiu para a sua residência em Brasília. Ele teve uma breve perda de consciência na noite de domingo, em viagem oficial à capital boliviana. O ministro passou a noite de domingo em observação numa clínica em La Paz e voltou ao Brasil na segunda-feira, antes do previsto, quando foi hospitalizado no Incor.
O presidente boliviano, Evo Morales, fazia o último discurso da noite quando um estrondo o interrompeu. Tarso, que estava na primeira fileira, havia caído no chão. Foi atendido no local, com massagem cardíaca e máscara de ar comprimido, e em seguida levado para uma sala fora do salão principal do Palácio Quemado, sede do governo boliviano, de onde saiu de ambulância para a clínica.
A presidente do Chile, Michelle Bachelet, e a ministra da Saúde da Bolívia, Nila Heredia, correram para atendê-lo. As duas são médicas. Pouco depois, Cléber Araújo apareceu para explicar que o ministro teve queda de pressão - baixou "um pouquinho", segundo ele - e já estava recuperado.
É comum visitantes se sentirem mal em La Paz, cidade que fica a 3.660 metros de altitude. Os índios aymara, originários da região, chamam esse mal da altitude de sorojchi. O remédio preferido deles é pijchar, ou seja, mascar folhas de coca.
A localização de La Paz ameaça deixar a cidade sem poder sediar jogos de futebol, fato criticado neste domingo pelo presidente Evo Morales. Segundo ele, a decisão recente da Fifa de proibir a prática do esporte em estádios a mais de 2.750 metros de altitude é uma discriminação. A informação é da Agência Boliviana de Informação.
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