Por Caren Bohan e Tabassum Zakaria
WASHINGTON (Reuters) - O presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, prometeu na quarta-feira aos líderes israelense e palestino que Washington vai participar ativamente do novo processo de paz, apesar do ceticismo que há sobre a chance de um acordo ainda durante seu mandato.
O premiê de Israel, Ehud Olmert, e o presidente palestino, Mahmoud Abbas, prometeram na terça-feira, durante a conferência internacional de Annapolis, buscar um acordo definitivo até o final de 2008, quando termina o governo Bush.
Na quarta-feira, os três líderes voltaram a se encontrar para a cerimônia de retomada do processo de paz, após um hiato de sete anos.
Bush, que já foi cauteloso em tomar parte no processo de paz entre israelenses e palestinas, declarou na quarta-feira que "não estaria aqui se não acreditasse que a paz é possível".
"Uma coisa que assegurei aos dois cavalheiros é que os Estados Unidos vão estar ativamente engajados no processo e vamos usar nosso poder para ajudar, conforme vocês chegarem às decisões necessárias para criar um Estado palestino que conviva em paz com Israel", disse Bush diante de Olmert e Abbas nos jardins da Casa Branca.
Depois do evento na Casa Branca, israelenses e palestinos voltam a se encontrar no dia 12 de dezembro em Jerusalém.
A última tentativa norte-americana de mediação, ainda no governo de Bill Clinton, fracassou em 2000, e há sérias dúvidas sobre o êxito da nova iniciativa. Bush, Abbas e Olmert são três políticos enfraquecidos diante de seus eleitorados, e a desconfiança entre palestinos e israelenses continua grande.
"Nunca há uma época perfeita no Oriente Médio, então temos de lidar com os tempos que nos tocam", admitiu a secretária de Estado Condoleezza Rice na quarta-feira em entrevista à rede NBC.
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