terça-feira, 20 de novembro de 2007

Seleção brasileira atropela egípcios e assume terceiro lugar

Matsumoto (Japão) - Motivada com a vitória sobre a Espanha na segunda-feira, a seleção brasileira masculina de vôlei deu show nesta terça-feira e encerrou a sua participação na primeira rodada da Copa do Mundo com mais um triunfo, agora contra o Egito por 3 sets a 0, com parciais de 25/18, 25/14 e 25/17.


Além do triunfo contra o freguês histórico, os comandados de Bernardinho, que começaram o torneio com uma surpreendente derrota para os Estados Unidos também por 3 a 0, subiram para o terceiro lugar e entraram pela primeira vez na zona de classificação para os Jogos Olímpicos de Pequim graças à rodada favorável.


Diante de um adversário relativamente fraco, o técnico Bernardinho realizou algumas experiências ao longo da partida. Antes mesmo de começar a partida, o treinador optou por colocar o meio-de-rede André Heller no lugar de Rodrigão, titular nas duas primeiras rodadas.


Por conta das alterações de Bernardinho, a pontuação brasileira foi bastante equilibrada. Melhor jogador em quadra, o ponteiro Giba terminou a partida com 12 pontos, sendo nove de ataque, um de bloqueio e dois de saque. Outro que esteve bem foi André Heller, que obteve nove êxitos, sendo três deles de bloqueio.


O oposto André Nascimento, por sua vez, marcou todos seus oito tentos ao longo do primeiro set, já que foi poupado durante o resto do confronto. Entre os egípcios, os maiores acertadores foram Mohamed Badaway e Handy Awad, que derrubaram sete bolas cada na quadra brasileira.


Foi o 12º confronto entre Brasil e Egito na história das duas seleções masculinas. Com mais tradição na modalidade, o time nacional manteve o tabu de jamais ter perdido para os representantes do continente africano. Além disso, a única vez em que os adversários venceram um set contra o time verde e amarelo foi há 31 anos, nas Olimpíadas de Montreal-1976.


O resultado fez com que o Brasil subisse duas colocações na tabela da Copa. Agora com cinco pontos, a equipe pulou para o quarto lugar, ultrapassando Porto Rico, que perdeu a invencibilidade na partida contra a Bulgária ainda nesta terça, e o Japão, que foi surpreendido pela Austrália. Os egípcios, que venceram apenas uma parcial até então, seguram a lanterna da competição com três pontos.


Todas as seleções do torneio ganham folga nesta quarta-feira e voltam a atuar apenas na quinta, na primeira rodada da segunda fase. O próximo adversário do Brasil é Porto Rico, em partida marcada para a cidade de Toyama às 4h35 (de Brasília), na seqüência do duelo entre Egito e Espanha, com início agendado para as 1h35.


O jogoO confronto começou equilibrado e com o Egito chegando a estar à frente da seleção nacional na ida para o primeiro tempo técnico, com 8/7. Depois da pausa e da conversa com Bernardinho, o Brasil melhorou em quadra, virou o placar e passou a dominar os pontos.


Apesar de as bolas do ataque verde e amarelo funcionar, quem chamou a atenção na disputa inicial foi o líbero Serginho, salvando cortadas difíceis e dando condições para o levantador Marcelinho armar as jogadas ofensivas. Bola de segurança, o oposto André Nascimento também conseguiu boa atuação, fazendo com que a diferença a favor do time nacional aumentasse.


Embora tivesse uma vantagem consistente no final do set, a seleção brasileira continuou ampliando o marcador. Com uma boa seqüência de pontos, a equipe conseguiu encerrar a disputa com o placar de 25/18 em um ataque do ponteiro Dante.


Da mesma forma que na primeira parcial, os momentos iniciais foram equilibrados, mas não demorou muito para que o Brasil assumisse o controle do jogo. Com mais uma boa atuação de Marcelinho no levantamento, a equipe nacional abriu uma boa vantagem, indo para a primeira pausa técnica com 8/5 e, logo em seguida, dobrando a diferença para 10/5.


Muito mais consistentes, os comandados de Bernardinho continuaram abrindo vantagem no placar, sempre com duas vezes mais pontos do que os adversários até obter 18/9, já com alguns reservas em quadra para ganhar ritmo, como o oposto Anderson, o meio-de-rede André Heller e o ponteiro Murilo.


Os egípcios chegaram a obter uma seqüência de pontos e diminuir a diferença para 20/13, mas não conseguiram parar o ataque verde e amarelo que, além de consistente, levava sorte em algumas jogadas. Prova disso foi o ponto inusitado marcado pelo oposto Anderson, que arriscou uma cortada na saída de rede e foi bloqueado, mas a boa bateu na cabeça do brasileiro e caiu sem defesa na quadra egípcia.


O tento que definiu o segundo set foi marcado justamente por Anderson, mas desta vez de maneira ‘mais tradicional’, explorando o paredão egípcio e obtendo um fácil 25/14.


Com 2 a 0 no placar, o Brasil começou com um ritmo mais fraco no terceiro set e viu os egípcios abrirem três pontos de vantagem, com 7/4. A reação africana, porém, foi contida por uma boa seqüência brasileira de bloqueios e ataques, que recolocaram o país na frente do placar com 8/7.


Recuperados em quadra, os comandados de Bernardinho continuaram abrindo vantagem sobre os adversários no restante da parcial, chegando a ter quatro pontos à frente antes da metade do set, com 12/8. No entanto, os brasileiros relaxaram em quadra mais uma vez e a seleção egípcia encostou, tirando a diferença para 12/11 e conseguindo o empate em 16/16.


O time nacional, porém, reagiu mais uma vez e voltou a controlar a partida, abrindo 23/17 em uma seqüência de Giba no saque. O ponto que sacramentou a vitória foi marcador com um bloqueio de André Heller, definindo a parcial de 25/17.

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