quinta-feira, 22 de novembro de 2007

Nova greve na França reforça pressão

PARIS - O dia de greve convocado por todos os sindicatos franceses de empregados, sobretudo para exigir aumentos salariais, se somou ontem com o sétimo dia de greve nos transportes. As classes coincidiram suas manifestações que em todo o país reuniram entre 375 mil pessoas, segundo a polícia, e cerca de 700 mil, segundo os sindicatos. O governo estimou o acompanhamento da greve dos funcionários em 30,12% na administração do estado, um número que qualificou de “médio”, e que superou em dez pontos a anterior de fevereiro.


O movimento de ontem afetou em particular o ensino, onde a porcentagem de grevistas variava entre 65% e 58% para os sindicatos, números que o Executivo estimou em 40%. A greve também causou problemas, por exemplo, na aviação, e assim nos aeroportos de Paris no meio da tarde se acumulavam atrasos entre 45 e 60 minutos nos vôos por causa do protesto de alguns controladores aéreos, o que obrigou inclusive a cancelar algumas conexões.


A mobilização dos funcionários pretendia reivindicar em primeiro lugar uma compensação pela perda de poder aquisitivo que os sindicatos estimam em 6% desde 2000, enquanto o governo nega a queda das remunerações em termos reais. No transporte, no sétimo dia sucessivo de greve contra a reforma dos regimes especiais de previdência, o acompanhamento seguiu sendo minoritário, com 27% na companhia de ferrovia SNCF e 18,4% na RATP (transporte urbano de Paris).


A greve continua hoje nessas empresas, e mais uma vez, o serviço para os usuários estará “muito perturbado” nos transportes, embora a cada dia sejam registradas algumas melhorias.

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