Bogotá, 27 mai (EFE).- O Governo colombiano estuda quatro listas, com aproximadamente 400 nomes cada uma, dos 1.605 guerrilheiros das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) presos, dos quais vai libertar cerca de 300 antes do dia 7 de junho, revelou neste domingo o jornal "El Tiempo".
"O Governo já fez uma pré-seleção e tem quatro listas com cerca de 400 nomes", afirma um relatório publicado hoje pelo periódico.A informação confirma o anúncio feito no sábado pelo presidente Álvaro Uribe, ao enumerar quatro condições para a libertação dos rebeldes das Farc.
"Aceitar se desmobilizar; comprometer-se a não se armar de novo; comprometer-se a trabalhar pela paz; e aceitar vigilância de um Governo estrangeiro ou da Igreja Católica", disse Uribe ao discursar numa assembléia local de um bairro de Bogotá.
Além disso, o presidente colombiano revelou que o Alto Comissariado para a Paz, Luis Carlos Restrepo, e funcionários da área jurídica de seu escritório trabalham para preparar as medidas judiciais para a saída dos rebeldes.
Sexta-feira, Uribe disse que antes de 7 de junho haverá uma libertação em massa de guerrilheiros.
A oferta de Uribe tenta pressionar as Farc para libertar os seqüestrados que mantêm em cativeiro, entre eles a ex-candidata presidencial Ingrid Betancourt, três americanos e dezenas de políticos, soldados e policiais.
O mesmo jornal, no entanto, afirma que a maioria dos prisioneiros não concorda com a libertação oferecida pelo Governo, de acordo com uma advertência que receberam há algumas semanas de seus chefes na clandestinidade.
"Estabeleceu-se que ainda há desconhecimento e desconfiança com relação à oferta, mas também expectativa", informa o "El Tiempo".
Sexta-feira à noite, Uribe revelou que o novo presidente francês, Nicolas Sarkozy, está "muito interessado" e "envolvido" na libertação de guerrilheiros das Farc e de seus reféns.
"Há muito interesse da França no tema, muito interesse do próprio Sarkozy", insistiu Uribe no programa "A Noite" do canal "RCN"
.O presidente da França reiterou em conversa com Uribe o interesse na libertação dos reféns das Farc - mas não numa operação militar e sim através de um "intercâmbio humanitário". EFE rrm jfc/ma
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