segunda-feira, 28 de maio de 2007

STJ pode quebrar sigilo de acusados

A ministra do Superior Tribunal de Justiça (STJ) Eliana Calmon pode determinar nesta terça-feira (29) a quebra dos sigilos fiscal e bancário dos investigados por envolvimento no esquema de fraudes em licitações e desvio de recursos destinados a obras públicas, desmontado pela Operação Navalha da Polícia Federal (PF). A mesma medida pode ser adotada em relação à construtora Gautama, apontada como a central do esquema de corrupção.
Junto com o Ministério Público Federal (MPF), a ministra vai traçar estratégias de investigação patrimonial dos suspeitos de envolvimento no esquema. Ela reúne-se nesta terça-feira com as subprocuradoras-gerais da República Lindora Maria Araújo e Célia Regina Soares Delgado. A ministra é relatora do inquérito que apura o caso.
Na semana passada, Eliana Calmon liberou as contas de uma das empresas do Grupo Gautama, mas ressalvou que os recursos não podem ser repassados para a construtora nem para o empresário Zuleido Veras, apontado como o chefe do esquema.
Ao todo, 48 pessoas foram presas na ação da PF. Destas, apenas seis continuam atrás das grades. A ministra deve terminar de ouvir os depoimentos dos suspeitos nesta segunda-feira (28). O último a ser liberado foi Henrique Garcia de Araújo, administrador de uma fazenda do Grupo Gautama. Segundo a PF, a propriedade seria utilizada para lavar dinheiro por meio de compra e venda de gado.
Diretor financeiro da Gautama, Gil Jacó Carvalho Santos está sendo interrogado. Por último, presta depoimento à ministra Abelardo Sampaio Lopes Filho, engenheiro e diretor da Gautama. Segundo a polícia, a construtora seria o centro de todo o esquema, cooptando servidores e políticos para obter favorecimento em licitações de obras públicas federais, estaduais e municipais.

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