O ex-presidente do Tribunal de Contas do Estado e da Assembléia Legislativa, José Fernandes Queiroz, faleceu na manhã de ontem vítima de uma infecção generalizada, após uma cirurgia motivada por uma obstrução intestinal. José Fernandes tinha 75 anos e vinha enfrentando problemas de saúde desde o final do ano passado, quando foi diagnosticado um câncer no externo. Na semana passada, havia sido internado para a primeira sessão de quimioterapia. O velório está sendo realizado desde o final da tarde de ontem no plenário do TCE. O sepultamento será hoje, às 9h, no cemitério Morada da Paz, em Emaús.
Natural de Pau dos Ferros, José Fernandes Queiroz era médico, formado na primeira turma de medicina da UFRN, nos anos 50. Da dedicação à medicina no município de Martins, surgiu o interesse pela política, o que o levou a ser eleito prefeito daquele município duas vezes, em 1968 e em 1976, pela Arena. Em 1982, foi eleito deputado estadual pelo PDS, sendo reeleito. No segundo mandato, foi presidente da Assembléia Legislativa, época em que o senador José Agripino Maia (DEM), de quem era aliado, era governador do estado.
Após disputar e perder a segunda reeleição como deputado, assumiu uma vaga no Tribunal de Contas, em 1987. Seu filho, Marcos Queiroz, foi eleito prefeito de Martins em três mandatos. Além de Marcos, José Fernandes era pai de Olga, casada com o ex-deputado Patrício Júnior. O conselheiro aposentado era viúvo de Margarida, falecida em 2002.
Os presidente do TCE, Paulo Roberto Alves, destacou a admiração que José Fernandes conquistou entre os funcionários do tribunal na época em que foi presidente. ‘‘Sua gestão foi marcada pela dedicação’’, comentou. O conselheiro Tarcísio Costa lembrou que José Fernandes foi responsável por fazer concurso público para o órgão. ‘‘Era um homem instrospectivo, mas afeito à arte da política’’, registrou.
O deputado federal Felipe Maia (DEM) destacou a amizade que José Fernandes teve com sua família. ‘‘Era um homem que dedicou sua vida ao bem estar dos outros. A amizade que tinha com minha família foi repassada para as novas gerações’’. O genro de José Fernandes, Patrício Júnior, destacou a lisura do conselheiro. ‘‘Era um das poucas reservas morais do RN e fez muito, ou quase tudo, por Martins. Era um homem sério, organizado, amigo dos amigos e leal. Deixa uma marca indelével’’, declarou.
Costa
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