domingo, 20 de maio de 2007

Israel declara "estado de excepção" no sul do país

Perante a ameaça de ataques palestinianos


Israel declarou o "estado de excepção" no sul do país, na sequência dos ataques registados nos últimos dias com "rockets" palestinianos contra posições israelitas, anunciou o ministério da Defesa em comunicado.



"Perante os ataques contra a população civil levados a cabo nas localidades adjacentes à Faixa de Gaza e face ao perigo desses ataques poderem continuar, o ministro da Defesa, Amir Peretz, declarou o estado de excepção", indica o comunicado oficial do ministério.



Milicianos do Hamas lançaram ontem alguns "rockets" contra uma posição israelita dentro da Faixa de Gaza, causando ferimentos a dois soldados israelitas.



Nos últimos dias, segundo autoridades locais citadas pelo diário "Jerusalem Post", cerca de 8000 dos 23.000 habitantes da localidade de Sderot viram-se forçados a abandonar as suas casas face aos ataques palestinianos, aos quais Israel respondeu com operações aéreas na Faixa de Gaza que já causaram dez mortos desde sexta-feira.



Os ataques aéreos submergiram os palestinianos num caos ainda mais profundo, depois de nove dias de lutas internas entre os islâmicos do Hamas e a facção secular do presidente Abu Mazen, a Fatah, que puseram a Autoridade Palestiniana à beira de uma guerra civil. Ambos os grupos voltaram, porém, a comprometer-se com um cessar-fogo, que já está em vigor.



O "estado de excepção" permite ao Exército dispor de todas as forças, em particular das da polícia. Com a declaração do "estado de excepção" o Exército pode ainda ordenar o fecho das escolas, de instituições públicas, estradas, empresas privadas e públicas, caso seja necessário, sem ter de pedir autorização às diferentes administrações.



Segundo precisou uma rádio militar, o "estado de excepção" será aplicado num raio de sete quilómetros em redor da Faixa de Gaza.



Costa

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