Os senadores democratas Hillary Clinton e Barack Obama realizaram na noite dessa quinta-feira (31) seu último debate antes da Superterça marcado por declarações conciliatórias, depois de terem trocado duras acusações em encontros anteriores. "Temos a oportunidade de fazer história, porque creio que um de nós dois acabará sendo o próximo presidente", afirmou Obama, ao lado da ex-primeira-dama, no Teatro Kodak, em Los Angeles, conhecido por ser o local da cerimônia de premiação do Oscar.
"Também quero assinalar que eu era amigo de Hillary antes que esta campanha começasse e serei amigo de Hillary quando esta campanha terminar." Sua rival ecoou os comentários. "Eu, como democrata, espero que vocês estejam olhando para o próximo presidente. Quem levantará a mão e jurará respeitar a Constituição dos EUA será Barack ou serei eu."
Foi o primeiro debate democrata que contou apenas com os dois, depois da retirada do ex-senador John Edwards. Tanto Hillary quanto Obama elogiaram Edwards, em busca do apoio de seus partidários.
O debate democrata ocorreu um dia depois do republicano - também o último antes da terça-feira, quando haverá prévias em 22 Estados. Contrastando com o encontro democrata dessa quinta, os principais pré-candidatos republicanos à Casa Branca, o senador pelo Arizona John McCain e o ex-governador de Massachusetts Mitt Romney, trocaram duras acusações. No debate - do qual também participaram o ex-governador de Arkansas Mike Huckabee e o congressista do Texas Ron Paul -, Romney acusou McCain de usar "truques sujos" contra ele na campanha para a primária realizada terça-feira na Flórida.
O senador, que assumiu a liderança da disputa republicana com seu triunfo na Flórida, havia afirmado que o ex-governador queria que fosse fixado um prazo para a retirada das tropas americanas do Iraque. "É uma tentativa de usar o estilo Washington de política, que é semear uma acusação nos meios de comunicação, seja ela verdade ou não", disse Romney. "Todos os meios de comunicação que eu vi criticaram essa atitude."
McCain, que sempre apoiou a política do presidente George W. Bush para o Iraque, rebateu os comentários do rival, acusando Romney de mudar de opinião em relação à guerra quando o apoio da população americana ao conflito diminuiu. O senador disse ainda que foi Romney quem baixou o nível da campanha.
Fonte: Agência Estado
http://jc.uol.com.br/2008/02/01/not_160031.php
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