sexta-feira, 8 de fevereiro de 2008

Polícia alemã acredita que Al Qaeda planeja atentados no país

Berlim, 8 fev (EFE) - As forças de segurança alemãs acreditam que a organização terrorista Al Qaeda pretende realizar atentados na Alemanha e temem não poder evitar as ações.





O jornal "Die Welt" publicou hoje declarações do secretário de Estado do Interior, August Hanning, afirmando que os líderes da Al Qaeda que atuam na fronteira entre Afeganistão e Paquistão decidiram "cometer atentados na Alemanha".






"Nossa preocupação é de que não possamos impedir cada operação", disse Hanning.






Segundo informações do Escritório Federal de Investigação Criminal (BKA) e dos serviços de vigilância interna, a presença militar da Alemanha no Afeganistão, que agora será reforçada com uma unidade de combate, fez com que o país subisse notavelmente na "hierarquia de países" que podem se tornar alvos de ataques.






A Polícia alemã parte do princípio de que após a desarticulação, em setembro passado, de uma unidade formada por dois alemães convertidos ao Islã e um turco, que supostamente planejavam atentar contra interesses americanos na Alemanha, há "uma alta probabilidade de outras ramificações" envolvidas nos planos.






As advertências foram dadas, segundo o "Die Welt", em relação à evolução que se registra no sul do Afeganistão, onde a operação anti-terrorista "Paz Duradoura", liderada pelos Estados Unidos, perdeu força, o que possibilitou à Al Qaeda "recuperar suas capacidades de operação".






Os Estados Unidos pediram de seus parceiros membros na Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) um maior apoio no sul do Afeganistão, pedido que a Alemanha rejeitou com a alegação de que perderia as condições de operar no norte do país, onde seus soldados estão.






Em troca, o Governo de Berlim anunciou que aumentará o reforço militar no norte com uma unidade de combate.





A BKA e as polícias regionais alemãs têm atualmente em aberto inquéritos contra 184 islâmicos militantes, dos quais 70 são considerados altamente perigosos e, por esse motivo, são observados 24h por dia. EFE ih/mac/db







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