sexta-feira, 3 de agosto de 2007

Anel de poeira


Com dados enviados pela sonda Cassini, astrônomos norte-americanos e europeus apontam explicação para a origem do misterioso anel G, em Saturno, identificado em 1980




Divulgação Científica




Agência FAPESP – Desde que foi descoberto pela sonda Voyager, em 1980, o anel G, em Saturno, tem sido um mistério para os astrônomos. Muitos têm discutido sobre sua origem e formação em local tão distante do planeta, mas sem chegar a uma conclusão.





Agora, a partir de dados enviados pela sonda Cassini, que está em órbita de Saturno, um grupo de cientistas norte-americanos e europeus traz uma explicação para a formação a quase 170 mil quilômetros do centro do planeta. O estreito e pouco perceptível G se encontra além dos principais anéis de Saturno, como os grandes e brilhantes A e B.





Segundo artigo publicado na edição de 3 de agosto da revista Science, o anel contém um arco brilhante de material composto principalmente por pedaços de gelo com tamanhos que variam de poucos centímetros a 1 metro.





De acordo com os astrônomos, liderados por Matthew Hedman, do Departamento de Astronomia da Universidade Cornell, o anel G está em co-rotação com a lua Mimas.




Micrometeoróides colidiriam com os pedaços de gelo resultando em partículas de pó que, por sua vez, seriam confinados no arco pela influência da gravidade de Mimas. O plasma do campo magnético de Saturno, ao passar continuamente pelo arco, arrastaria as finas partículas, criando o anel G.





Os anéis de Saturno são estruturas complexas e algumas são tão grandes que não caberiam na distância entre a Terra e a Lua. Os sete anéis principais receberam seus nomes à medida que foram descobertos. A partir do planeta, são: D, C, B, A, F, G e E.





A Cassini-Huygens é uma missão da Nasa em parceria com a Agência Espacial Européia e a Agência Espacial Italiana. O lançamento ocorreu em outubro de 1997 e o nome da sonda é uma homenagem ao astrônomo holandês Christian Huygens.





O artigo The source of Saturn's G ring, de Matthew Hedman e outros, pode ser lido por assinantes da Science em http://www.sciencemag.org/.

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