O aumento da expectativa de corte de juro pelo banco central norte-americano (Federal Reserve) deu fôlego para o Ibovespa subir 3,87%, para 51.744 pontos
Reuters
SÃO PAULO - Sem notícias negativas relativas ao crédito imobiliário de risco nos Estados Unidos, a Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) manteve o tom de recuperação dos últimos dias e voltou a fechar em alta, desta vez a mais acentuada desde março e a segunda maior de 2007. O aumento da expectativa de corte de juro pelo banco central norte-americano (Federal Reserve) deu fôlego para o Ibovespa subir 3,87%, para 51.744 pontos. O volume financeiro ficou em R$ 5,3 bilhões de reais, acima da média diária do ano, de R$ 4,3 bilhões de reais.
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"Muitas pessoas estão especulando que o Fed cortará o juro, mas é uma discussão bastante controversa", disse Linda Duessel, estrategista de mercado da Federated Investors, em Pittsburgh. "Estamos tendo uma recuperação. Há vários dias não ouvimos notícias ruins do setor financeiro, embora não devamos acreditar que (o problema) já acabou", completou.
Pesquisa da Reuters com 63 analistas mostra que 45 vêem redução da taxa até setembro. Em Nova York, o índice Dow Jones avançou 1,1% e o índice de principais ADRs brasileiros teve ganho de 5,45%. O risco-país recuou 14 pontos, para 203 pontos-básicos.
As ações da Companhia Vale do Rio Doce foram de longe as mais negociadas do Ibovespa, com alta de 5,48%, acompanhando o movimento de setor, depois que a mineradora BHP Billiton anunciou aumento de quase 20% no lucro no segundo semestre fiscal.
A maior baixa do Ibovespa foi TAM, 1,88%, depois de disparar mais de 4% na véspera. Além disso, a agência de classificação de risco Standard & Poor''s revisou a perspectiva para o rating da companhia aérea TAM de "estável" para "negativa" na noite de terça-feira.
Tamanho da queda diminuiu
A alta dos últimos quatro dias reduziu a queda em agosto a 4,5%, mas analistas continuam céticos. "Está melhor em cima do quadro externo, mas ainda não dá para ficar tranquilo. O estrago foi feito", comentou o operador de uma corretora nacional que prefere não ser identificado.
"De repente se o banco central norte-americano abaixar o juro ou as notícias continuarem vindo dessa forma, que parece que os fundos abriram para resgate, (o mercado) visualiza qual é o tamanho do problema. Então pode dar uma acalmada", acrescentou.
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