Família real espanhola expressa «profundo pesar» pelo seu falecimento
O actor e escritor José Luis de Vilallonga, que trabalhou com realizadores como Louis Malle e Blake Edwards, faleceu quinta-feira, aos 87 anos, na sua residência em Andraitx (Maiorca, Espanha), noticia a Lusa.
De família aristocrática, Vilallonga nasceu em Madrid em 1920 e, como escritor, foi autor de uma das biografías autorizadas do rei de Espanha.
«El Rey», título da biografia, é o resultado de 27 horas de conversas de Vilallonga com Juan Carlos, iniciadas em Dezembro de 1991.
Monárquico, socialista e «juancarlista», Vilallonga relata no livro como Juan Carlos, com 11 anos, chegou a Madrid, vindo do exílio em 1949, para ser educado como futuro rei de Espanha, por decisão do general Francisco Franco, então chefe de estado.
Os reis de Espanha enviaram um telegrama de condolências à família do escritor em que expressam a sua «grande tristeza» e «profundo pesar» pela sua morte.
O percurso Vilallonga
Vilallonga evoluiu politicamente do monarquismo familiar da sua primeira juventude para o socialismo. Em 1981, filiou-se no PSOE (partido socialista espanhol), que no entanto viria a abandonar em 1994.
Como jornalista, colaborou em revistas como Destino, Paris-Match, Marie-Claire e Vogue, trabalhou para jornais como El Noticiero Universal e Diario de Barcelona, e chegou a dirigir a Playboy em Espanha.
Estreou-se como actor 1958 na película «Os Amantes», de Louis Malle, e em 1961 trabalhou, por proposta de Audrey Hepburn, em «Boneca de Luxo», de Blake Edwards, filme em que interpretava o papel de milionário pretendente da protagonista.
Desde então participou em mais de 70 filmes, entre os quais «Julieta dos espíritos», de Fellini.
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