segunda-feira, 13 de agosto de 2007

Neblina faz Congonhas operar só por instrumentos

Aeroporto registra três partidas canceladas até as 7h. Cumbica opera sem restrições, atrasos ou cancelamentos.

Do G1, em São Paulo

O Aeroporto de Congonhas, na Zona Sul de São Paulo, começou a operar apenas por instrumentos por volta das 6h desta segunda-feira (13), devido a neblina, segundo informações da Infraero.



Da meia-noite às 7h, o aeroporto registrava três partidas canceladas e nenhum atraso superior a uma hora, entre as 22 programadas.



O Aeroporto Internacional de Cumbica, em Guarulhos, na região metropolitana de Sã Paulo, opera sem restrições e não registra atrasos ou cancelamentos entre as 36 decolagens programadas entre a meia-noite e as 7h.



Fim de semana


Congonhas chegou a ter a pista principal fechada no domingo, entre 6h e 6h50 porque, segundo a Infraero, a pista principal vem passando por obras toda madrugada. No início do domingo, os trabalhadores lavaram a pista e, na hora em que ela foi aberta, ainda estava molhada.



Como é determinação do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa) que a pista não funcione molhada, foi necessário esperar que ela ficasse completamente seca para voltar a operar. Além disso, o aeroporto operou por instrumentos até as 10h45 por causa de neblina.



Saiba mais


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Visita do ministro


No sábado (11), o ministro da Defesa Nelson Jobim visitou os aeroportos de Guarulhos, na Grande São Paulo, de Campinas e de Jundiaí, no interior do estado. Eles serão os novos destinos de vôos remanejados de Congonhas, na Zona Sul da Capital.

Em Guarulhos, Jobim anunciou que pretende alterar o cronograma da reforma da pista 1 de Cumbica para não afetar a operação durante o período de férias em dezembro. Segundo o ministro, elas terão "início imediato". Na segunda-feira (13), será realizada uma reunião em Brasília entre seu assessor especial, brigadeiro Jorge Godinho Barreto Nery, Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) e Empresa Brasileira de Infra-Estrutura Aeroportuária (Infraero) para definir o cronograma.

Quando a pista estiver fechada, 21 vôos por hora deverão ser transferidos do local para o Aeroporto de Viracopos, em Campinas (a 95 km de São Paulo), reduzindo a movimentação no local dos atuais 54 vôos por hora para 33.

Jobim disse ainda que os principais pontos de reestruturação no aeroporto são: a reforma na pista 1, a utilização do terminal 3 e a construção da pista 3. Ele citou ainda a situação nos setores de embarque e desembarque do aeroporto, em que existiriam “gargalos absolutos” nas áreas de bagagens e passaportes, além da área de conexões. O ministro informou que deverá discutir com o presidente da Infraero, Sérgio Galdenzi, a necessidade de aquisição de mais funcionários, equipamentos e materiais.



Viracopos


Em Campinas, Jobim criticou o painel de informações de vôos. Para ele, o painel é pequeno e a linguagem utilizada não é a adequada. A área destinada ao check-in também foi considerada muito estreita.

O ministro visitou também a pista e o pátio de manobras. Ele pediu que sejam ampliadas as posições no local. Atualmente, são 11 para estacionamento de aeronaves de passageiros. Na próxima semana, o superintendente regional da Infraero, Edgar Brandão Júnior, vai elaborar um projeto com as adequações exigidas para que Viracopos receba os 21 vôos transferidos de Cumbica.

Jobim também anunciou a previsão de que em 2008 seja reformada a pista de Viracopos, já que o prazo de 20 anos desde a última manutenção está vencido. Mesmo assim, Edgard Brandão disse que não há risco para pousos e decolagens. Ao fim da visita, o ministro reafirmou que Viracopos é estratégico para malha aérea de São Paulo já que Cumbica sozinho não consegue aliviar o tráfego de Congonhas.



Aviação executiva


Em Jundiaí, o ministro fez uma visita de cerca de 40 minutos ao aeroporto que deve receber parte dos vôos da aviação executiva operados em Congonhas. Ele disse que o aeroporto estava apto, embora tenha citado a falta da torre e de instrumentos de controle, além da ausência do grooving na pista. Toda esta estrutura deverá ser construída. Atualmente, o local é administrado pelo Departamento Aeroviário de São Paulo.

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