Na CPI do Apagão Aéreo, o ministro diz que as empresas terão de levar menos passageiros por questão de segurança.
O ministro da Defesa, Nelson Jobim, afirmou nesta quarta-feira (8) na CPI do Apagão Aéreo que, para atender as determinações de mais segurança nos vôos, as empresas aéreas terão de levar menos passageiros.
A afirmação foi feita após uma constatação de que as companhias reduziram o espaço dos passageiros dentro das aeronaves para atender ao crescimento da demanda de passagens.
“A capacidade do aumento de número de vôos foi inferior ao crescimento da demanda," disse Jobim. O ministro afirmou que as empresas usaram aviões maiores, comprimindo o espaço vital da aeronave para colocar mais passageiros.
“O espaço vital, que é o espaço entre as poltronas, está absolutamente reduzido. As empresas reduziram até a espessura do encosto dos assentos para suportar o aumento drástico no número de passageiros”, disse Jobim.
O ministro afirmou ainda que determinou à Anac a recomposição deste "espaço vital" das aeronaves, dando mais conforto e segurança aos passageiros.
Novo cargo - O ministro também afirmou que vai criar um cargo no Conselho de Aviação Civil (Conac) para acompanhar a execução das tarefas da Empresa Brasileira de Infra-Estrutura Aeroportuária (Infraero) e da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac).
“O Conac está como órgão máximo para definição dessas políticas, mas não tem mecanismo que acompanha a execução das tarefas. Por isso vamos criar, dentro da estrutura do Ministério da Defesa, alguém que vai ter a responsabilidade de ser o secretário-executivo dessas ações”, disse o ministro durante audiência nesta quarta-feira (8) na CPI do Apagão Aéreo, no Senado.
Jobim reafirmou que as decisões tomadas pelo Conac e implementadas pela Anac e Infraero visam aumentar a segurança dos passageiros.
Multas altas - Ele afirmou que estuda aplicar multas “economicamente eficazes” para coibir atrasos nos vôos e buscar a pontualidade do serviço aéreo. A Gol foi multada em julho em R$ 672 mil pelo Procon-SP por transtornos causados aos passageiros em novembro do ano passado.
“Temos que aplicar multas economicamente eficazes”, disse Jobim, explicando que a idéia é obrigar a empresa a ser pontual nos horários. Segundo ele, o valor será estipulado para que a empresa não possa fazer a conta do que é mais barato: pagar a multa por conta do atraso ou pagar as despesas dos passageiros afetados.
Jobim disse que “se o custo menor for ter mais uma tripulação ou mais uma aeronave” as empresas vão investir na exatidão dos horários.
Fonte: G1
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