SÃO PAULO - O empresariado manifestou-se menos confiante no começo de 2008. O indicador que mede esse sentimento caiu 2,1% entre dezembro passado e janeiro agora, para 113,6 pontos, informou a Fundação Getulio Vargas (FGV) em nota em sua página eletrônica.
Com ajuste sazonal, o índice ficou em 119 pontos ante os 122 pontos da apuração anterior, datada de outubro do ano passado.
Na avaliação da FGV, o resultado mostra que a indústria continua bastante aquecida no início deste ano, mas o ritmo de atividade econômica é um pouco menos intenso do que o vigente no último trimestre de 2007.
Em janeiro, o indicador referente ao quadro corrente caiu para 123,4 pontos ante os 129,3 pontos de dezembro. O índice de expectativas, contudo, teve leve alta, indo de 102,7 pontos para 103,8 pontos.
Com ajuste sazonal, o Índice da Situação Atual saiu de 127,1 para 125,1 pontos entre outubro de 2007 e janeiro de 2008. Mesmo com a queda, acabou como o quarto maior indicador da série histórica. O Índice de Expectativas (IE) foi de 117 pontos para 112,9 pontos.
Dos quesitos integrantes do índice de confiança que retratam o momento atual, os indicadores de demanda e de estoques ficaram estáveis em janeiro, na comparação com outubro, notou a FGV.
Foi observada também uma redução de 39,7% para 33,2% na parcela dos empresários que avaliaram como boa a situação geral dos negócios e a proporção daqueles que a consideraram ruim cresceu, para 8,1% frente aos 7,3% anteriores.
Quanto aos próximos seis meses, 54% das 1.079 empresas entrevistadas aguardam melhoria nas condições de negócios e 6,3% prevêem o contrário. Em outubro do ano passado, esses percentuais correspondiam a 61,4% e 4,1%, na ordem. As previsões sinalizam continuidade do crescimento produtivo, mas os empresários se mostram mais cautelosos ao tentarem prever para um horizonte mais longo, disse a Fundação.
A coleta dos dados da pesquisa foi feita entre os dias 2 e 28 de janeiro.
(Valor Online)
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