TEERÃ (Reuters) - O supremo líder aiatolá Ali Khamenei disse neste sábado que a questão do programa nuclear do Irã deveria ser discutida pela Agência Internacional de Energia Atômica e não pelo Conselho de Segurança da ONU, que impôs duas rodadas de sanções em Teerã.
Khamenei, a figura mais poderosa do Irã, também disse, ao se encontrar com o chefe da AIEA, Mohamed ElBaradei, que os Estados Unidos "não podem deixar a nação iraniana de joelhos" com pressões sobre o programa nuclear de Teerã.
Washington está pressionando por uma terceira rodada de sanções se o Irã se negar a interromper o programa nuclear, que os Estados Unidos temem que possa ser usado para a fabricação de bombas atômicas. O Irã insiste que seu objetivo é pacífico.
"O problema da América com o Irã está além da questão nuclear. Os americanos estão errados achando que pressionado o Irã na questão nuclear eles podem abalar o Irã... eles não podem deixar a nação iraniana de joelhos", disse Khamenei, segundo a televisão estatal.
Ele também repetiu o pedido do Irã para que a questão do programa nuclear volte a ser tratado pelo braço nuclear da ONU e não pelo Conselho de Segurança da entidade, onde Washington está buscando uma terceira rodada de sanções contra Teerã.
"Não existe justificativa para que o caso do Irã fique com o Conselho de Segurança da ONU", disse Khamenei, segundo a mídia oficial do Irã.
Ele insistiu que o Irã não tem intenção de fabricar bombas.
(Reportagem de Parisa Hafezi)
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