quinta-feira, 31 de janeiro de 2008

COPOM: Risco de cenário inflacionário menos favorável é maior

SÃO PAULO, 31 de janeiro de 2008 - O clima de maior incerteza e instabilidade nos mercados externos aumentou o risco de








SÃO PAULO, 31 de janeiro de 2008 - O clima de maior incerteza e instabilidade nos mercados externos aumentou o risco de materialização de um cenário inflacionário menos benigno, segundo aponta a ata da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), realizada entre os dias 22 e 23 , divulgada hoje Banco Central.



Nesse cenário, o relatório do Copom avalia que a prudência passa a ter papel ainda mais importante no processo, diante dos sinais de aquecimento da economia e da elevação das expectativas de inflação, que elevaram os riscos para a concretização de um cenário inflacionário benigno, e que o BC está pronto para agir para manter a inflação consistente com a trajetória das metas. 'Mesmo considerando que, no momento, a manutenção da taxa básica de juros é a decisão mais adequada, o Comitê reitera que está pronto para adotar uma postura diferente, por meio do ajuste dos instrumentos de política monetária, caso venha a se consolidar um cenário de divergência entre a inflação projetada e a trajetória das metas', aponta a ata.


De acordo com o documento, a demanda doméstica continua se expandindo a taxas robustas e sustenta o dinamismo da atividade econômica, respondendo parcialmente pelas pressões inflacionárias que têm sido observadas no curto prazo.



Por sua vez, a contribuição do setor externo para um cenário inflacionário benigno, parece estar se tornando menos efetiva. Na avaliação do Comitê, um cenário alternativo de desaceleração mundial mais intensa e generalizada apresentaria fator de risco de sinal ambíguo. Por um lado contribuiria para conter as pressões inflacionárias, com a redução das exportações e queda do preços de algumas commodities, por outro poderia atuar desfavoravelmente para as perspectivas de inflação, com a queda da demanda pelos ativos brasileiros, aumento do risco-país e impacto sobre a desvalorização do real.


No entanto, o Copom acredita que, num ambiente de desaceleração moderada da economia mundial neste ano, as perspectivas de financiamento externo para a economia brasileira sugerem que o balanço de pagamentos não deve apresentar risco iminente para o cenário inflacionário.


O Copom também ressalta que o crescimento do crédito e a expansão da massa salarial real devem continuar impulsionando a atividade econômica.


Na última reunião o Copom decidiu, por unanimidade, manter a taxa Selic em 11,25% ao ano, sem viés. O Comitê volta a se reunir nos dias 4 e 5 de março. (Silvia Regina Rosa - InvestNews)



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