terça-feira, 15 de janeiro de 2008

Moradores desabrigados pela chuva começam a voltar para casa

Em Peruíbe, prefeitura providenciou veículo 'catatreco' para recolher móveis estragados.
A prefeitura de Cajati estima que vai levar até um ano para se recompor do prejuízo.
Luísa Brito Do G1, em São Paulo

Foto: Antônio Milena/AE
Antônio Milena/AE

Moradores afetados pela chuva ficaram em abrigo em Peruíbe. (Foto: Antônio Milena/AE)
Após ter a casa invadida pela água, moradores das regiões atingidas pela chuva do final de semana começaram, nesta terça-feira (15), a voltar para suas casas e o número de desabrigados está reduzindo. O dia de hoje é destinado ao trabalho de limpeza das residências e a jogar fora o que foi estragado pelas águas. Quatro pessoas morreram em decorrência do temporal.


“As pessoas estão lavando as casas e olhando para o teto, porque estão sem nada. Não tem cadeira, sofá, geladeira. O que não estragou com a água, a enxurrada levou”, afirmou o prefeito de Cajati, a 219 km da capital paulista, Marino de Lima (PMDB).


Segundo ele, dos 5 mil desalojados, 80% já voltou para suas casa e apenas mil continuam em abrigos e casas de parentes. No entanto muitos vão ainda dependem de refeições fornecidas pela prefeitura porque estão sem ter como cozinhar, já que perderam móveis e eletrodomésticos. Para ajudar nos trabalhos, a prefeitura distribuiu material de limpeza.


A cidade calcula que vai levar de seis meses a um ano para se recompor do prejuízo financeiro causado pelos estragos do temporal. “As pessoas carentes vão levar muito mais tempo, porque não têm condições de comprar tudo da casa de uma vez”, comentou o prefeito. A cidade decretou estado de calamidade pública nesta segunda-feira (14).

Catatreco

Em Peruíbe, a 130 km de São Paulo, no litoral sul, uma das cidades mais afetadas pelo temporal, a prefeitura providenciou um "catatreco", veículo que sai recolhendo objetos estragados em frente das casas que estão sendo arrumadas pelos moradores. Segundo a assessoria de imprensa da prefeitura, o município deslocou funcionários para ajudar as pessoas na limpeza dos imóveis.


Na cidade, que também decretou calamidade pública, dos 1.200 desabrigados, 500 já voltaram para casa. Para que as pessoas possam reconstruir o lar, a prefeitura pede que sejam doados móveis e eletrodomésticos usados. A cidade recebeu seis toneladas de alimentos e dez mil peças de roupa doadas e informou já ter começado a distribuir para a população. A prefeitura estima que em até 15 dias todos os moradores já terão condições de voltar para suas casa.


O governo municipal calcula que teve um prejuízo de R$ 5 milhões devido ao temporal, que destruiu uma estrada de oito quilômetros, que ligava o centro ao bairro de Guaraú, o mais turístico da cidade, além de outros danos. Segundo a prefeitura, metade dos cerca de 60 mil moradores foi afetada de alguma forma pela chuva. A cidade também registrou a morte de um pescador no temporal. Ele foi levado pelas águas quando tentou salvar um barco que foi arrastado para o mar.


Em Jacupiranga, a 260 km da capital, onde um casal morreu soterrado por uma barreira que atingiu a casa deles, 25% dos cerca de 900 desabrigados retornaram a seus imóveis.

O prefeito, João Batista de Andrade (PT), estima que serão necessários dois meses para a vida na cidade voltar ao normal. “Vai ser difícil as pessoas recuperarem o que a chuva destruiu”, disse ele, que ainda calcula o total do prejuízo. As chuvas destruíram 70% dos bananais da área rural, que são a produção fonte de renda da cidade. A prefeitura deve decretar estado de calamidade pública ainda nesta tarde.



do site:

http://g1.globo.com/Noticias/SaoPaulo/0,,MUL260171
-5605,00-MORADORES+DESABRIGADOS+PELA+
CHUVA+COMECAM+A+VOLTAR+PARA+CASA.html

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