Agencia Estado
O ex-mordomo da princesa Diana,Paul Burrell, trouxe hoje um ar de mistério ao inquérito sobre a morte da princesa ao se recusar a nomear publicamente qual membro da família real a alertou sobre vigilância e qual segredo ela compartilhou com ele. Burrell se manteve em silêncio quando o advogado Michael Mansfield o pressionou a revelar os papéis privados e diários que mantém em sua casa. Os papéis foram a base do livro de Burrel, "Uma questão de honra", de 2003.
O juiz, lorde Scott Baker, pressionou o ex-mordomo para que os documentos fossem entregues para analisar se possuem alguma relevância com as investigações sobre a morte de Diana e seu namorado Dodi Fayed, em 31 de agosto de 1997. Quando perguntado sobre qual membro da família real a alertou sobre a vigilância, o ex-mordomo escreveu o nome no papel e entregou a Baker, que disse não achar importante para o inquérito. Sobre o segredo que compartilhou com a princesa, primeiro se recusou a dizer o que era e depois disse que não se lembra, mas garantiu que não era nada relativo a Fayed.
Burrell foi o confidente da princesa por uma década e disse que Diana não deu nenhuma indicação de que se casaria com Fayed. Burrell descreveu o romance de Diana com Fayed como "um relacionamento de 30 dias", dizendo que ela ainda estava se recuperando do fim de um relacionamento secreto com o cirurgião Hasnat Khan. Em entrevista publicada nos jornais britânicos no domingo, Khan se recusou a discutir as razões do final de seu relacionamento com Diana.
Burrell disse que Diana estava "se recuperando desse relacionamento quando encontrou alguém que era muito gentil, atencioso e generoso". Sob pressão de Baker, Burrell relutantemente contou de uma conversa dura entre Diana e sua mãe, a já falecida Frances Shand-Kydd. Burrell disse que Diana o convidou a ouvir o telefonema e ele ouviu a mãe dizer que Diana era "uma prostituta" que estava se envolvendo com homens muçulmanos. Burrell já havia contestado as alegações do pai de Fayed de que Diana estaria grávida de seu filho e que o casal iria anunciar seu casamento. "Quero um outro casamento tanto quanto uma grande urticária", Diana teria dito de acordo com Burrell em uma conversa telefônica enquanto estava com Fayed na França.
Conspiração
Al Fayed também alegou que seu filho e Diana foram alvos de uma conspiração organizada pelo príncipe Philip, o marido da rainha Elizabeth II. Burrell disse que viu a correspondência entre Diana e Philip em 1992, quando foram feitos esforços para salvar seu casamento com o príncipe Charles. Simone Simmons, amiga de Diana, testemunhou na semana passada que viu duas cartas de Philip que eram "aviltantes" e cruéis e entristeceram a princesa. "Sim, elas eram duras", Burrell disse das cartas que viu. "o príncipe Philip não poupa suas palavras, ele diz as coisas como são, mas não é um homem vil". Ele acrescentou que Diana "não gostou algumas vezes do que lhe foi dito, mas que príncipe Philip sempre foi franco".
"A princesa escreveu palavras tão vigorosas quanto as do príncipe Philip", disse Burrell. Ele contou que depois da morte de Diana, a rainha o avisou para ser cuidadoso dizendo que "há poderes operando nesse país sobre os quais não temos conhecimento". Ele diz não saber se ela se referia à mídia, ao "establishment" ou aos serviços secretos. "Ninguém pergunta à rainha o que ela quis dizer com alguma coisa", disse Burrell. "Acho que era apenas um fique alerto geral, em vários aspectos".
do site:
http://www.atarde.com.br/mundo/noticia.jsf?id=824307
Nenhum comentário:
Postar um comentário