Por C. Bryson Hull e Antony Njuguna
NAIRÓBI (Reuters) - A polícia e a oposição no Quênia voltaram a travar confrontos nesta quinta-feira, no segundo dia de protestos contra a contestada reeleição do presidente Mwai Kibaki. Três pessoas já foram mortas desde que protestos foram retomados.
Segundo testemunhas, a polícia disparou gás lacrimogêneo contra centenas de simpatizantes do líder oposicionista Raila Odinga e de sua coalizão Movimento Democrático Laranja. Uma rua próxima à favela Mathare, em Nairóbi, foi fechada.
O fotógrafo da Reuters Antony Njuguna contou que cerca de 40 policiais enfrentam centenas de manifestantes perto de Mathare, um dos palcos de quase três semanas da violência que tomou o país.
Na área de Kisumu, de forte presença da oposição, a polícia antichoque disparou para o ar e atingiu pelo menos um homem.
"Meu pai foi baleado em frente à nossa casa. A polícia está atirando indiscriminadamente, atingindo qualquer um. Meu pai foi baleado na barriga", disse Alphonse Otieno, por telefone, da favela Kondele, em Kisumu.
A polícia proibiu os protestos convocados por Odinga, que diz que Kibaki roubou a eleição de 27 de dezembro. Por seu lado, o governo acusa a oposição de fraudar votos e de protestar, em vez de usar opções jurídicas para contestar o resultado.
do site:
http://br.reuters.com/article/topNews/idBRN1717984320080117
Nenhum comentário:
Postar um comentário