sexta-feira, 4 de janeiro de 2008

Fundador das Farc convoca uma ofensiva geral na Colômbia

BOGOTÁ - Manuel Marulanda, fundador do grupo guerrilheiro Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) chamou seus combatentes a "organizar uma ofensiva geral", aproveitando, segundo ele, "a crise geral" pela qual o governo colombiano atravessa e o "cansaço refletido em algumas unidades militares".

Marulanda formulou o chamado em uma mensagem de Natal publicada pela Agência Bolivariana de Imprensa junto com uma saudação de ano novo assinada pelo Secretariado Maior Central, a instância máxima do grupo armado.

Antes de mencionar a "ofensiva geral", Marulanda dedicou 11 extensos parágrafos para repassar os temas nacionais do ponto de vista das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc). Neles Marulanda classifica como mentirosa a cifra oficial que aponta 8 mil baixas entre guerrilheiros nos últimos 5 anos. Ele alega ainda que as eleições regionais de 2007 foram uma "fraude", e o Plano Patriota, estratégia militar antidrogas e antiguerrilha do governo colombiano com ajuda econômica dos Estados Unidos, é um "fracasso".

"Os quadro das Farc são obrigados a conduzir as organizações de massa sob sua direção na luta por reais reivindicações políticas, econômicas, sociais e pela soberania, que são tão indispensáveis como as ações armadas das Farc em estradas, calçadas, selva, centros urbanos, aldeias, quartéis, sem dar trégua ao inimigo", assegurou o chefe das Farc.

Por outro lado, o líder guerrilheiro confirmou a morte de Tomás Medina e Martín Caballero, dois importantes quadros intermediários das Farc, que foram pegos em operações militares este ano.

O secretariado afirma em sua mensagem que 2007 "foi um ano intenso em lutas populares massivas, em campos e cidades, de muitas variadas formas e níveis de consciência, pródigos em resultados, acima do terrorismo militar e paramilitar do Estado".

A mensagem afirma que em 2008 "a luta reivindicativa de nosso povo será mais intensa e ampla para recuperar as conquistas salariais efetuadas e contra as privatizações neoliberais", entre outros temas sociais, mas não menciona a "ofensiva geral" convocada por Marulanda, que faz parte do Secretariado e é considerado por direito próprio como o líder máximo.

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