Por Silvana Rocha
Agência Estado
Após operar em baixa até o início da tarde, o dólar à vista subiu e logo depois recuou acompanhando a volatilidade das Bolsas norte-americanas e da Bovespa em reação ao pacote de estímulo fiscal apresentado pelo presidente dos EUA, George W. Bush. Bush disse que um pacote de estímulo à economia precisa ser aprovado imediatamente e deve ser temporário. Para ele, o tamanho do pacote deve ser de aproximadamente 1% do PIB dos EUA (de US$ 130 bilhões a US$ 150 bilhões) e a finalidade é proteger a economia norte-americana de uma recessão.
Os mercados reagiram mal, com piora das bolsas de valores e, no mercado de câmbio brasileiro, alta das cotações. No fechamento, porém, o dólar comercial recuava 0,11%, para R$ 1,785. Na Bolsa de Mercadorias & Futuros (BM&F), o dólar negociado à vista também caiu 0,11%, para R$ 1,784. Na semana, o dólar comercial acumulou alta de 2,18%. No mês, a apreciação é de 0,56%.
Após uma tentativa fracassada de recuperação pela manhã, as Bolsas em Wall Street e São Paulo reagiram em queda às declarações de Bush, mas depois ficaram voláteis. ÀS 16h46, o Dow Jones recuava 0,41%. Nesse horário, a Bovespa subia 0,73%.
Bush defendeu a adoção de incentivos fiscais para as empresas e um alívio fiscal "rápido e direto" para pessoas físicas. Também pediu para tornar os cortes de impostos de 2001 e 2003 permanentes e afirmou que o pacote pode ser aprovado com apoio bipartidário.
Segundo um operador de câmbio, na primeira parte dos negócios, a alta acumulada de 3% pelo dólar nas três sessões anteriores estimulou as tesourarias e investidores a realizarem lucros com a venda de moeda. O volume financeiro total à vista cresceu 68%, a US$ 3,647 bilhões.
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