segunda-feira, 24 de setembro de 2007

Após prisão de comandante, Irã fecha fronteira com o Iraque


da Folha Online





O Irã fechou nesta segunda-feira as principais passagens de sua fronteira com o norte do Iraque para protestar contra a detenção, feita pelos Estados Unidos, de um comandante militar iraniano que é acusado de contrabandear armas, informou um oficial curdo.





Ao menos quatro passagens foram fechadas, mas uma continua em funcionamento, de acordo com informações dadas pelo governador da Província curda de Sulaimaniyah, Dana Ahmed Majeed à agência de notícias Associated Press.





Arte Folha Online





Em Teerã, o Ministério do Interior não confirmou as informações a respeito do fechamento da fronteira. Mas autoridades curdas informaram que o fechamento começou na noite deste domingo, em locais próximos das cidades de Banjiwin, Haj Omran, Halabja e Khanaqin.





A medida ocorre quatro dias depois que tropas americanas prenderam um comandante militar iraniano em um hotel em Sulaimaniyah, 260 km ao nordeste de Bagdá. A identidade do comandante não foi imediatamente divulgada.





O Exército americano informou que o suspeito está sendo questionado sobre seu envolvimento com o "transportes de armamentos do Irã para o Iraque, e o treinamento de insurgentes iraquianos no Irã". Nenhuma acusação formal foi apresentada contra o iraniano.





"O fechamento da fronteira do lado iraniano terá efeito negativo em nossa economia, e afetará também os civis", disse Jamal Abdullah, porta-voz do governo autônomo curdo.





"Estamos pagando o preço pelo que os americanos fizeram ao prender o oficial iraniano".





Os EUA dizem que o comandante detido era membro das forças de elite da Guarda Revolucionária iraniana, acusada de contrabandear armas para o Iraque. Mas líderes do Irã e do Iraque afirmam que ele estava no país legalmente, com permissão do governo.





O Irã nega as acusações dos EUA, que acusa o país persa de contrabandear armas para as milícias xiitas no Iraque. O presidente iraniano, Mahmoud Ahmadinejad, reiterou a negativa neste domingo. "Nós não precisamos fazer isso. Nós nos opomos à guerra e à insegurança", disse ele, que chegou a Nova York neste domingo para a Assembléia Geral da ONU.





"A insegurança no Iraque vai contra nossos interesses", afirmou ainda o líder iraniano.


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