sexta-feira, 28 de setembro de 2007

Birmânia: “Escreva uma carta aos responsáveis birmaneses”

A organização de defesa dos direitos humanos Amnistia Internacional lançou hoje um apelo a todas as pessoas para que escrevam uma carta aos dirigentes da Birmânia pedindo a libertação das centenas de manifestantes pacíficos detidos.


"Actue! Envie urgentemente e-mails, faxes ou cartas, em inglês ou em português", pede a Amnistia Internacional, que manifesta a sua preocupação com "o risco de tortura e maus-tratos" que correm os detidos, entre os quais se contam monges budistas, membros da oposição pró-democracia e outras figuras públicas.


Para facilitar a tarefa, a organização internacional tem uma "carta modelo", em inglês, dirigida ao ministro dos Negócios Estrangeiros da Birmânia, Nyan Win, no endereço

http://web.amnesty.org/pages/mmr-270907-action-eng.


Na carta, é pedida a "libertação imediata e incondicional" de todos os prisioneiros que tenham cometido crimes de que possam ser formalmente acusados e o tratamento condigno dos prisioneiros, que devem ser mantidos em "centros oficiais de detenção", ter "acesso a advogados, visitas da família e tratamento médico" e "não ser sujeitos a tortura".


A missiva pede ainda às autoridades birmanesas que garantam ao povo birmanês o plano exercício dos direitos de expressão, associação e reunião.


A AI, que sublinha a importância de estes apelos serem enviados imediatamente, disponibiliza também os contactos oficiais do presidente da Junta Militar birmanesa, general Than Shwe, do Procurador-Geral, U Aye Maung, e do director nacional da polícia birmanesa, brigadeiro Khin Yi.


O regime militar que governa a Birmânia desde 1962 reprimiu hoje, pelo terceiro dia consecutivo, manifestações de protesto que reuniram milhares de civis e de monges budistas nas principais cidades do país.


Apesar dos apelos internacionais, a Junta Militar birmanesa procedeu na madrugada de quinta-feira à detenção de centenas de monges, retirados à força dos seus mosteiros, e de membros da Liga Nacional para a Democracia (LND), da Nobel da Paz Aung San Suu Kyi.

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