Cerca de dez mil pessoas, de acordo com os cálculos da Polícia Militar de Pernambuco, participam em Boa Viagem da sexta Parada da Diversidade. A programação, marcada para começar às 9h30, atrasou em cerca de duas horas. O problema, de acordo com os
Foto: Inês Campelo/DP organizadores, foi um defeito no sistema de som do palco, montado nas proximidades do Hospital da Aeronáutica, na Avenida Boa Viagem. Nele, a cantora Zélia Duncan mostrou o show Pré-pós-tudo-bossa-band. Depois do esquente, dez trios elétricos saíram para desfilar até a Pracinha de Boa Viagem. Esta é a primeira vez que a parada acontece na Zona Sul do Recife – até o ano passado, o evento tomava conta do bairro da Boa Vista.
O intuito da parada é reafirmar o direito à livre orientação sexual, informar a sociedade e promover a cultura de respeito – um verdadeiro desafio em se tratando de Pernambuco, apontado por pesquisa recente como um dos Estados mais homofóbicos do país. De janeiro a agosto deste ano, pelo menos três pernambucanos foram assassinados pelo fato de serem homossexuais. O evento, já considerado um dos maiores do gênero no Brasil, é promovido pelo Fórum de Lésbicas, Gays, Bissexuais e Transgêneros de Pernambuco (Fórum LGBT).
Foto: Inês Campelo/DPEm clima de protesto, a festa é inspirada em eventos semelhantes que acabaram virando atração em cidades como Nova Iorque e São Paulo – que faz hoje a maior parada gay do mundo, arrastando um milhão de pessoas.
Sob o tema Amor entre iguais: eu respeito, a parada leva às ruas a militância pelos direitos dos homossexuais e convoca defensores e simpatizantes da causa a engrossar o coro da não-discriminação, mote do evento.
Para garantir tranqüilidade na parada, a Polícia Militar montou um esquema especial de segurança que inclui todos os batalhões especializados (BPChoque, Cip Moto, Radiopatrulha e Cavalaria), seis pontos elevados de observação onde serão colocados policiais com binóculos e dez pontos de bloqueio com detectores de metal.
Foto: Inês Campelo/DP
Durante o desfile, a Prefeitura do Recife, por meio da sua Gerência da Livre Orientação Sexual (Glos) aproveita para fazer uma pesquisa para traçar o perfil sócio-econômico dos participantes com questões sobre saúde, religião, justiça e política. O evento também vai comportar ações educativas sobre direitos humanos e saúde.
Da Redação do PERNAMBUCO.COM
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