domingo, 16 de setembro de 2007

Parada da diversidade tem atraso de duas horas




Cerca de dez mil pessoas, de acordo com os cálculos da Polícia Militar de Pernambuco, participam em Boa Viagem da sexta Parada da Diversidade. A programação, marcada para começar às 9h30, atrasou em cerca de duas horas. O problema, de acordo com os
Foto: Inês Campelo/DP organizadores, foi um defeito no sistema de som do palco, montado nas proximidades do Hospital da Aeronáutica, na Avenida Boa Viagem. Nele, a cantora Zélia Duncan mostrou o show Pré-pós-tudo-bossa-band. Depois do esquente, dez trios elétricos saíram para desfilar até a Pracinha de Boa Viagem. Esta é a primeira vez que a parada acontece na Zona Sul do Recife – até o ano passado, o evento tomava conta do bairro da Boa Vista.







O intuito da parada é reafirmar o direito à livre orientação sexual, informar a sociedade e promover a cultura de respeito – um verdadeiro desafio em se tratando de Pernambuco, apontado por pesquisa recente como um dos Estados mais homofóbicos do país. De janeiro a agosto deste ano, pelo menos três pernambucanos foram assassinados pelo fato de serem homossexuais. O evento, já considerado um dos maiores do gênero no Brasil, é promovido pelo Fórum de Lésbicas, Gays, Bissexuais e Transgêneros de Pernambuco (Fórum LGBT).








Foto: Inês Campelo/DPEm clima de protesto, a festa é inspirada em eventos semelhantes que acabaram virando atração em cidades como Nova Iorque e São Paulo – que faz hoje a maior parada gay do mundo, arrastando um milhão de pessoas.







Sob o tema Amor entre iguais: eu respeito, a parada leva às ruas a militância pelos direitos dos homossexuais e convoca defensores e simpatizantes da causa a engrossar o coro da não-discriminação, mote do evento.







Para garantir tranqüilidade na parada, a Polícia Militar montou um esquema especial de segurança que inclui todos os batalhões especializados (BPChoque, Cip Moto, Radiopatrulha e Cavalaria), seis pontos elevados de observação onde serão colocados policiais com binóculos e dez pontos de bloqueio com detectores de metal.


Foto: Inês Campelo/DP





Durante o desfile, a Prefeitura do Recife, por meio da sua Gerência da Livre Orientação Sexual (Glos) aproveita para fazer uma pesquisa para traçar o perfil sócio-econômico dos participantes com questões sobre saúde, religião, justiça e política. O evento também vai comportar ações educativas sobre direitos humanos e saúde.







Da Redação do PERNAMBUCO.COM



Nenhum comentário:

Google