sábado, 28 de julho de 2007

Afeganistão diz que pode usar força para libertar reféns

Por Samar Zwak


GHAZNI, Afeganistão (Reuters) - Uma mulher que está entre os 22 coreanos mantidos como reféns por combatentes do Taliban fez um apelo no sábado para que a situação seja resolvida rapidamente, enquanto uma importante autoridade afegã disse que força poderá ser usada caso as negociações falhem.


A coreana, uma das 18 mulheres mantidas como reféns entre os voluntários cristãos sul-coreanos sequestrados no Afeganistão há mais de uma semana, falou à Reuters pelo telefone celular de um combatente do Taliban.


"Estamos cansados e sendo deslocados de um lugar para outro o tempo todo", disse em Dari, uma das principais línguas faladas no Afeganistão.


"Somos mantidos em grupos separados e não sabemos o que acontece com os outros. Pedimos que o Taliban e o governo nos libertem", disse.


A pronúncia do nome da refém não foi entendida pelo repórter da Reuters que falou com ela.


Antes, Munir Mangal, vice-ministro do Interior, disse que os negociadores estavam tentando dialogar mais com o Taliban.


"Acreditamos nas negociações e se o diálogo falhar, teremos que usar outros meios", disse à Reuters. Ao responder sobre a possibilidade do uso da força, disse: "Certamente."


Mangal também lidera uma equipe do governo escalada para garantir a libertação dos sul-coreanos.


Ele disse que os mediadores incluem um clérigo islâmico e que o grupo tenta convencer o Taliban a libertar os reféns sem impor condições. Também descartou a possibilidade de aceitar a exigência do Taliban de libertar insurgentes mantidos pelo governo afegão.


O Taliban estabeleceu uma série de prazos para que o governo aceite libertar prisioneiros rebeldes e matou o líder do grupo sul-coreano na quarta-feira.


O porta-voz do Taliban, Qari Mohammad Yousuf, disse na sexta-feira que o grupo não daria mais prazos para liberar os reféns e disse que o governo havia dado garantias de que libertaria os prisioneiros do Taliban como parte do acordo.


O porta-voz acusou o governo de "matar tempo e fazer jogo."


O principal conselheiro presidencial de segurança nacional da Coréia do Sul, Baek Jong-chun, está no Afeganistão para ajudar nos esforços de libertação dos reféns.

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